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Lula sobre Zé Celso: “Sempre defendeu a democracia e a criatividade”

Dramaturgo Zé Celso estava internado no Hospital das Clínicas, em razão de um incêndio que atingiu o apartamento em que ele morava

atualizado

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Foto colorida de Zé Celso - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de Zé Celso - Metrópoles - Foto: Divulgação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou, na manhã desta quinta-feira (6/7), a morte do diretor, ator, encenador e dramaturgo José Celso Martinez Corrêa, mais conhecido como Zé Celso, aos 86 anos. Ele estava internado no Hospital das Clínicas, em razão de um incêndio que atingiu o apartamento em que ele morava.

“O Brasil se despede hoje de um dos maiores nomes da história do teatro brasileiro, um dos seus mais criativos artistas. José Celso Martinez Correa, ou Zé Celso, como sempre foi chamado carinhosamente, foi por toda a sua vida um artista que buscou a inovação e a renovação do teatro. Corajoso, sempre defendeu a democracia e a criatividade, muitas vezes enfrentando a censura”, disse Lula.

O presidente lembrou da importância de Zé Celso para a descoberta de talentos.

“Transformou o Teatro Oficina em São Paulo em um espaço vivo de formação de novos artistas. Deixa um imenso legado na dramaturgia brasileira e na cultura nacional. Meus sentimentos aos seus familiares, alunos e admiradores. A trajetória de José Celso Martinez marcou a história das artes no Brasil e não será esquecida”, prosseguiu.

No incêndio, Zé Celso sofreu queimaduras de segundo grau no rosto, nas pernas e nos braços. Outras três pessoas que estavam no apartamento inalaram fumaça e estão sob observação médica. A causa do incêndio ainda é investigada. Há a suspeita de que tenha começado por meio do aquecedor, ligado pelo próprio dramaturgo.

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Carreira

Zé Celso é um dos principais nomes das artes cênicas no Brasil. Ele ficou conhecido, principalmente, por fundar o Teatro Oficina, uma das maiores e mais antigas companhias de teatro do país. Ele começou a se interessar por arte ainda criança, quando brincava de representar as mais diversas realidades no quintal de sua casa.

O ator iniciou o curso de direito na Universidade de São Paulo (USP), por pressão dos pais, mas logo chamou a atenção para métodos de atuação de Constantin Stanislavski, ator e pedagogo russo.

Ele criou, em 1985, ao lado de Amir Haddad, Renato Borghi, Etty Fraser, Fauzi Arap e Ronaldo Daniel, o Teatro Oficina, com sede em São Paulo. O grupo chamou a atenção durante a ditadura militar, com uma linguagem que Zé Celso definia como “pulsão dionísica”.

Zé Celso é visto como mestre por nomes como Julia Lemmertz, Leona Cavalli, Reynaldo Gianecchini, Alanis Guillen, Alexandre Borges e outros.

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