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Lula: “Sempre tive relação com o MDB e vou continuar tendo”

Em visita ao Rio Grande do Norte, Lula se encontrará com Garibaldi Alves, emedebista que votou pelo impeachment de Dilma Rousseff em 2016

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1 de 1 lula+eunício - Foto: Cláudio Kbene/Lula

Em visita ao Rio Grande do Norte, nesta terça-feira (24/8), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem um encontro marcado com o ex-senador Garibaldi Alves (MDB) e seu filho, o deputado Walter Alves, que comandam o MDB no estado. Esta é mais uma conversa política de Lula com figuras de fora do leque da esquerda e, principalmente, com o MDB, partido do ex-presidente Michel Temer e que deflagrou o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

O objetivo do encontro é juntar forças contrárias ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no campo nacional e reforçar o possível apoio dos emedebistas à governadora Fátima Bezerra (PT), que tentará a reeleição.

“Se o MDB estiver disposto a fazer uma composição com a companheira Fátima aqui, eu acho que o MDB está fazendo uma opção de apoiar aquela que certamente vai ser uma governadora que vai marcar a história deste estado”, disse Lula.

Apesar de ter sido ministro do governo de Dilma Rousseff, Garibaldi Alves foi um dos senadores que votou pelo impeachment da ex-presidente.

Além disso, o presidente do MDB, Baleia Rossi, vem trabalhando no plano nacional para a formação de uma candidatura que se contraponha à chamada polarização entre Lula e Bolsonaro.

Campanha sem Dilma

Dilma tem se mantido afastada da pré-campanha petista, enquanto Lula tem realizado conversas com forças políticas antagônicas ao PT e com partidos que estiveram no centro do processo que culminou com sua saída do poder.

Nesta semana, no Ceará, Lula encontrou com Tasso Jereissati (PSDB), Eunício Oliveira (MDB) e com o senador Cid Gomes (PDT). Lula também já se encontrou com o ex-presidente José Sarney (MDB), em maio deste ano (foto de destaque).

O ex-presidente, que deve ser o candidato petista ao Planalto, explicou que as conversas que vem mantendo não representam “casamento”, mas sim uma “convivência dentro do limite que a liberdade política” exige.

“A política é a arte da convivência democrática na diversidade. Quando você está estabelecendo uma relação política com uma pessoa não está propondo casamento a essa pessoa. Você está propondo uma convivência dentro do limite que a liberdade política e a democracia exigem que a gente tenha.”

“Eu sempre tive muita relação com o MDB e pretendo continuar tendo”, destacou em entrevista à Rádio 97 FM de Natal.

“O Garibaldi foi presidente do Senado quando eu era presidente da República e a gente tinha divergência. Divergência faz parte do ritual democrático de uma nação, de um país. Eu acho muito importante.”

Também estão ausentes das incursões de Lula todos os que circundaram a ex-presidente dentro do PT, entre eles, o ex-ministro José Eduardo Cardozo, que a defendeu como advogado no processo de impeachment. Também não estão engajados o ex-chefe de gabinete de Dilma Giles Azevedo, a ex-ministra Tereza Campelo e o ex-ministro da Previdência Carlos Gabas, hoje trabalhando para o Consórcio Nordeste.

“Não sei ficar sozinho”

O ex-presidente comentou sua relação com a namorada, Rosângela da Silva, conhecida como Janja. Segundo o ex-presidente, eles se conheceram em um jogo de futebol organizado por Chico Buarque e trocaram correspondências durante o tempo em que estava preso.

“Estamos juntos e vamos construir a nossa vida futura. Ela é muito sensível em relação à minha vida política e aos meus problemas e, se Deus quiser, nós vamos casar”, disse Lula.

“Eu não sou uma pessoa de ficar sozinha. Eu não sei ficar sozinho, eu preciso de companhia”, disse Lula, que também lamentou a morte de sua mulher, Marisa Letícia, que, segundo ele, deve-se à “cretinice” da Lava Jato.

“Eu tive o azar de perder minha primeira mulher no parto e perdi a Mariza por causa da cretinice da Lava Jato”, enfatizou Lula.

Do Rio Grande do Norte, Lula seguirá para a Bahia onde terá mais encontros políticos.

Na Bahia, o PT deve lançar a candidatura do senador Jaques Wagner, que provavelmente enfrentará o carlismo, encabeçado pelo presidente do DEM, o ex-prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto.

Entre os encontro previstos de Lula no estado estão o senador Otto Alencar (PSD) e o vice-governador João Leão (PP). Lula também deverá se encontrar com lideranças do PSB no estado.

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