1 de 1 Lula em BH
- Foto: Daniela Costa/Metrópoles
A poucos dias do 2º turno das maiores eleições em 90 anos da Justiça Eleitoral, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) intensificou sua campanha em Minas Gerais. Em menos de dois dias, ele esteve nas cidades de Teófilo Otoni e Juiz de Fora e, neste sábado (22/10), realizou uma caminhada entre o bairro de Venda Nova, na capital, e Justinópolis, no distrito de Ribeirão das Neves, na região metropolitana.
A visita ao distrito que integra a sétima região mais populosa do estado, com cerca de 341.415 habitantes, faz parte da ofensiva do candidato às reiteradas idas do presidente Jair Bolsonaro (PL) a Minas nas últimas semanas. “No próximo dia 30 o povo vai ter que escolher entre o fascismo e a democracia”, disse Lula. “A alta dos alimentos, o dinheiro acabou[…]. O mundo do Bolsonaro é ele, seus filhos e suas mentiras”.
Segundo o petista, é a primeira vez na história do país que um presidente estimula o armamento do povo, a violência e o uso de fake news. “O Brasil não quer ‘guerra santa’. O país clama por paz”.
Ao lado da senadora Simone Tebet (MDB) e da deputada federal eleita Marina Silva (Rede), Lula busca manter a preferência em MG e conquistar os votos dos indecisos, já que com 48,43% dos votos válidos no estado, foi o primeiro colocado no 1° turno. Ele também aproveitou para fazer críticas ao governador mineiro, Romeu Zema (Novo). “No primeiro turno ele não declarou apoio a ninguém para ganhar votos dos dois lados. Após ganhar as eleições se declarou bolsonarista”.
O ex-presidente também se posicionou contra a medida do atual ministro da economia, Paulo Guedes, que pretende desvincular o reajuste do salário mínimo e de aposentadorias do índice de inflação. “O ministro anunciou que quer mexer no salário mínimo. Há 4 anos não tem aumento real nem na merenda escolar, nem no salário mínimo. Queremos que o salário volte a ter poder real de compra”, pontuou.
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Luiz Inácio Lula da Silva, nascido em 1945, é um ex-metalúrgico, ex-sindicalista e político brasileiro. Natural de Caetés, no Pernambuco, foi o 35º presidente do Brasil
Fábio Vieira/Metrópoles
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De origem simples, Lula se mudou para São Paulo com a família quando ainda era criança. Na infância, trabalhou como vendedor de frutas e engraxate
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Mais tarde, tornou-se auxiliar de escritório, foi aluno do curso de tornearia mecânica no Senai e, tempos depois, passou a trabalhar em uma siderúrgica que produzia parafusos, onde perdeu o dedo mínimo da mão esquerda
Fábio Vieira/Metrópoles
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Em 1966, Lula começou a trabalhar em uma empresa metalúrgica. Em 1968, filiou-se ao Sindicado de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, em 1969, foi eleito para a diretoria do sindicato da categoria
Fábio Vieira/Metrópoles
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Durante a ditadura militar, liderou a greve dos metalúrgicos e foi preso, cassado e processado com base na lei vigente à época. Foi justamente nesse período que a ideia de fundar o Partido dos Trabalhadores surgiu
Ricardo Stuckert
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Para formar a sigla, juntou representantes de movimento sindicais, sociais, católicos e intelectuais. Lula se tornou o primeiro presidente do PT. Durante a redemocratização, foi um dos principais nomes do Diretas Já, e no mesmo período, iniciou a carreira política
Reprodução/YouTube
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Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo e, em 1989, concorreu pela primeira vez para presidente. Perdeu para Fernando Collor. Lula disputou o Palácio do Planalto outras duas vezes até ser eleito, em 2002
Ricardo Stuckert/Reprodução/Instagram
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Cumprindo o primeiro mandato, foi reeleito em 2006, após disputa com Geraldo Alckmin, e permaneceu como presidente até 31 de dezembro de 2010
Fábio Vieira/Metrópoles
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Durante o período em que foi chefe de Estado, ficou conhecido pelos programas sociais Fome Zero e Bolsa Família, pelos planos de combate à pobreza e pelas reformas econômicas que aumentaram o PIB brasileiro. No exterior, Lula foi considerado um dos políticos mais populares do Brasil e um dos presidentes mais respeitados do mundo
Fábio Vieira/Metrópoles
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Após passar a faixa presidencial para Dilma Rousseff, Lula começou a realizar palestras nacionais e internacionais. Em 2016, foi nomeado por Dilma para comandar a Casa Civil, mas foi impedido de exercer a função pelo STF
Fábio Vieira/Metrópoles
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Em 2017, Lula foi condenado pelo então juiz Sergio Moro por lavagem de dinheiro e corrupção, resultado da Operação que ficou conhecida como Lava Jato. A sentença levou Lula à prisão até 2019, quando ele foi solto após o STF decidir que ele só deveria cumprir pena depois do trânsito em julgado da sentença
Fábio Vieira/Metrópoles
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Em 2021, o Supremo declarou que Sergio Moro foi parcial nos julgamentos e, consequentemente, todos os atos processuais foram anulados. Lula tornou-se elegível outra vez e, tempos depois, confirmou a intenção de se candidatar novamente ao Planalto
Reprodução
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Em seu discurso, Tebet se manifestou contra a violência às mulheres que, segundo ela, é estimulada no governo atual, citando o ataque feito pelo ex-deputado federal, Roberto Jefferson (PTB-RJ), à ministra do Tribunal Superior Eleitoral, Carmen Lúcia, e também ofensa recebida por Marina Silva, no dia anterior, em restaurante.
“Em legítima defesa das mulheres, das famílias, de nossas crianças, nós mulheres precisamos nos unir. O bolsonarismo não passará”, disse.
No próximo dia 30, cerca de 156,5 milhões de eleitores votarão para presidente da República em todos os 5.570 municípios do país e em 181 localidades no exterior.