O senador José Serra (PSDB-SP) e a filha dele, Verônica Serra, foram denunciados por suposta lavagem de dinheiro pela força-tarefa da Operação Lava Jato. Os desvios teriam ocorrido durante as obras do Rodoanel, que circunda a região metropolitana de São Paulo, no seu mandato de governador do estado (2006-2010).
A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão em ao menos oito endereços ligados ao político tucano. Os agentes estiveram na casa de Serra, na capital paulista, na manhã desta sexta-feira (3/7). A diligência foi resultado de um pedido feito pelo Ministério Público Federal (MPF).
Serra teria lavado, segundo a denúncia, cerca de R$ 40 milhões em empresas offshore (fora do país) com a ajuda da filha e de um operador financeiro.
Ainda segundo a denúncia, o então governador “valeu-se de seu cargo e influência política para receber, da Odebrecht, pagamentos indevidos em troca de benefícios relacionados às obras do Rodoanel Sul”. A empresa fazia parte do consórcio que ganhou a concorrência para realização das obras.

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José Serra é acusado de receber R$ 27,8 milhões em propinas da OdebrechtWilson Dias/Agência Brasil

Daniel Ferreira/Metrópoles

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O ex-governador e atual senador José Serra e sua filha, Verônica Allende Serra, são réus por lavagem de dinheiroJosé Cruz/Agência Brasil

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José Serra é acusado de receber R$ 27,8 milhões em propinas da OdebrechtJessika Lima/AIG-MRE
O operador financeiro José Amaro Pinto Ramos e a filha de Serra teriam constituído empresas no exterior, ocultando seus nomes, para receber os pagamentos da empreiteira, relata a denúncia.
José Serra foi prefeito de São Paulo (2005-2006) e governador estado. Atualmente, ocupa o cargo de senador. Ele também foi ministro em três ocasiões, tendo comandado as pastas da Saúde e do Planejamento, no governo de Fernando Henrique Cardoso, e das Relações Exteriores, no governo Temer.