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Jungmann não vê necessidade de usar Exército em julgamento de Lula

Mais cedo, o prefeito da capital gaúcha, Nelson Marchezan Júnior (PSDB) solicitou apoio da Força Nacional para o dia do julgamento

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
O presidente Michel Temer entregou condecorações a 11 colombianos que auxiliaram no resgate às vítimas do voo da Chapecoense  – Brasília – DF 16/12/2016
1 de 1 O presidente Michel Temer entregou condecorações a 11 colombianos que auxiliaram no resgate às vítimas do voo da Chapecoense – Brasília – DF 16/12/2016 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse à reportagem não concordar com o emprego das Forças Armadas em Porto Alegre, como reforço à segurança da cidade no dia 24 de janeiro, durante o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesta quarta-feira (3/1), o prefeito da capital gaúcha, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), solicitou apoio do Exército e da Força Nacional para o dia do julgamento, como medida preventiva aos protestos que estão sendo organizados por militantes do PT.

“Não cabe à Prefeitura de Porto Alegre solicitar o emprego de Forças Armadas. Somente ao governo do estado, e se houver perda de controle, o que não é o caso”, declarou o ministro, acrescentando: “tampouco acho que haverá necessidade”.

Jungmann argumentou que a Polícia Militar de Porto Alegre “é muito bem preparada e equipada e sabe agir [em casos de distúrbio]”. Ainda, “estão maximizando esta situação”, avaliou. Ademais, Jungmann avisou: será contra, caso haja um novo pedido de emprego das tropas federais na capital gaúcha.

Lula, que será julgado no Tribunal Federal Regional da 4ª Região, já foi condenado em primeira instância a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do triplex do Guarujá. Se a condenação for confirmada, o petista pode ser impedido de disputar a eleição presidencial deste ano.

De acordo com nota divulgada pelo prefeito tucano, líderes políticos convocaram uma “invasão” em Porto Alegre. Ele utilizou esta justificativa para defender a necessidade de reforço militar, para “preservar a integridade dos cidadãos e do patrimônio coletivo”.

Ao se declarar contrário ao envio de tropas do Exército à capital gaúcha, Jungmann insistiu que o pedido preventivo não encontra nenhum amparo legal.

“Senão, poderíamos ter prefeitos dos seis mil municípios pedindo a mesma coisa, em caso de problemas em suas cidades”, observou.

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