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Holiday é expulso do Patriota por criticar apoio à presidência de Lira

“Minha expulsão reforça que o partido pretende se aliar ao bolsonarismo para as eleições de 2022”, disse, em rede social

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Fábio Vieira/Metrópoles
Vereador Fernando Holiday (Patriota), durante posse no plenário da Câmara Municipal de São Paulo
1 de 1 Vereador Fernando Holiday (Patriota), durante posse no plenário da Câmara Municipal de São Paulo - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O vereador de São Paulo (SP) Fernando Holiday (foto em destaque), ex-membro do Movimento Brasil Livre (MBL), anunciou, nesta segunda-feira (5/4), ter sido expulso do partido Patriota.

A decisão foi tomada após Holiday criticar o apoio da sigla ao então candidato à presidência da Câmara Arthur Lira (PP-AL).

Em fevereiro deste ano, Lira foi eleito em primeiro turno, com 302 votos, para suceder Rodrigo Maia (DEM-RJ). O deputado foi apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e por um bloco formado por 11 partidos.

O vereador disse que, apesar de discordar, acata “com respeito a decisão do Patriota de me expulsar do partido, sob a alegação de que descumpri as diretrizes partidárias”.

“De igual forma, a minha expulsão reforça que o partido pretende se aliar ao bolsonarismo para as eleições de 2022”, disparou Holiday.

“E, como defensor de uma direita independente e um dos maiores críticos desse governo, seria igualmente penoso me manter na mesma legenda daqueles que destroem o país”, ressaltou, em mensagem publicada em rede social.

O vereador paulistano afirmou também que, nas próximas semanas, irá procurar uma “nova e definitiva” legenda, que realmente represente os anseios de “justiça e liberdade”.

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De acordo com o blog Saída Pela Direita, do jornal Folha de S. Paulo, os partidos Novo e DEM seriam possibilidades para Holiday.

Lançado ao cenário político pelo MBL, movimento político fundado em 2014, que ganhou destaque durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), Holiday foi eleito para vereador, pela primeira vez, em 2016, pelo DEM.

Ele deixou o partido em março de 2020, ao rasgar a filiação durante sessão no plenário da Câmara Municipal, por se posicionar contra projeto de lei que pretendia limitar o número de motoristas de aplicativos na capital.

Já em janeiro deste ano, o vereador paulistano formalizou a saída do MBL, ao alegar que a causa LGBT e a luta contra o aborto não são prioridades no movimento.

“Minha proposta é estimular uma discussão a respeito de como a direita liberal deve tratar esses temas. Então, a gente decidiu que era melhor eu seguir um caminho próprio e lançar esses projetos por conta própria”, declarou ao jornal O Estado de S. Paulo.

O diretório nacional do Patriota foi procurado, mas ainda não se manifestou sobre a expulsão do vereador. O espaço segue aberto.

Como mostrou o Metrópoles, o Patriota é uma das siglas que convidou oficialmente o presidente Jair Bolsonaro, hoje sem partido, para se filiar. Também fizeram o convite o PTB, o PL e o PP. O Republicanos, ao qual dois dos três filhos políticos do presidente são filiados, também teria interesse.

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