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“Gravidez é um problema que dura só 9 meses”, diz Damares Alves

Futura ministra dos Direitos Humanos é contra mudança na legislação do aborto: para ela, debate sobre o tema deve ser restrito ao Congresso

atualizado

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Ian Ferraz/Metrópoles
Damares Alves é confirmada no Ministério dos Direitos Humanos
1 de 1 Damares Alves é confirmada no Ministério dos Direitos Humanos - Foto: Ian Ferraz/Metrópoles

A futura ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, defendeu, nesta quinta-feira (6/12), que a legislação vigente sobre aborto permaneça como está. Na avaliação dela, as leis atuais já contemplam os casos previstos. No Brasil, o aborto é permitido em casos de estupro, risco de vida à mulher e feto anencefálico. No entanto, Damares afirmou que a discussão sobre o tema deve ser restrita ao Congresso Nacional.

“Sou completamente contra o aborto. A legislação que está aí já contempla os casos previstos. Eu acredito que isso é um tema do Congresso Nacional. A legislação não precisa ser alterada”, declarou.

Na visão da futura ministra, o aborto é um problema que impacta as mulheres durante toda a vida. “Nenhuma mulher quer abortar. As mulheres chegam ao aborto porque possivelmente não foi lhes dado nenhuma outra opção. O aborto não desengravida nenhuma mulher. A mulher caminha o resto da vida com o aborto”, afirmou. “Se a gravidez é um problema que dura só 9 meses, eu digo que o aborto é um problema que caminha a vida inteira com a mulher. Nós queremos um Brasil sem aborto”, acrescentou a pastora.

As declarações de Damares foram dadas a jornalistas quando ela deixou o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do gabinete de transição governamental, onde mais cedo foi confirmada para o ministério. Pastora evangélica e assessora do senador Magno Malta (PR-ES), é a segunda mulher a compor o primeiro escalão do governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro.

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