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Governo promove evento alusivo ao Dia Internacional contra a Corrupção

Presidente Bolsonaro enviou ao Congresso projeto de lei para regulamentar a atividade de lobby no Brasil

atualizado

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Alan Santos/PR
Fotografia colorida do presidente Jair Bolsonaro. Ele é um homem branco, de cabelos lisos e grisalhos penteados para o lado
1 de 1 Fotografia colorida do presidente Jair Bolsonaro. Ele é um homem branco, de cabelos lisos e grisalhos penteados para o lado - Foto: Alan Santos/PR

O governo federal promoveu, nesta quinta-feira (9/12), no Palácio do Planalto, evento alusivo ao Dia Internacional contra a Corrupção. O evento contou com a presença do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, e de outras autoridades.

Durante a cerimônia, o presidente Jair Bolsonaro (PL) encaminhou ao Congresso Nacional um projeto de lei para regulamentar a representação privada de interesses junto a agentes públicos, atividade mais conhecida como lobby.

As medidas visam tornar mais clara a representação privada de interesses, possibilitando, com isso, maior efetividade na repressão às condutas reprováveis, diz a CGU em comunicado à imprensa.

Como adiantado pelo Metrópoles, o projeto prevê normas sobre audiência com lobistas, citando a obrigação de haver mais de um agente público, e divulgação de agenda, inclusive em reuniões na internet.

A matéria também proíbe o recebimento de presentes e a regulação das hipóteses nas quais podem ser recebidos brindes pelo agente público. Também há regras para casos em que agente público viaja representando o ente público em evento de particulares.

A proposta foi elaborada pela CGU como alternativa à que já tramita na Câmara dos Deputados desde 2007, de autoria do deputado Carlos Zarattini (PT-SP). O texto começará a ser analisado pela Câmara e, em seguida, terá de passar também pelo Senado.

e-Agendas e denúncias

O presidente Bolsonaro também assinou nesta quinta-feira um decreto que trata sobre a divulgação da agenda de compromissos públicos e a participação de agentes públicos, no âmbito do Poder Executivo federal. O decreto institui o Sistema Eletrônico de Agendas do Poder Executivo federal: e-Agendas. O objetivo é aumentar a transparência e trazer regras mais claras sobre o assunto.

As normas são aplicáveis a todos os agentes públicos, mas em maior grau para os ocupantes de cargo em comissão nível CCE-15 (antigo DAS 5) ou superior. Para estes, a obrigação de divulgar as agendas na internet é automática.

Já para ocupantes de cargos inferiores a obrigação somente se dará quando houver atividade em que haja contato com representantes de interesses privados (lobistas).

As regras instituídas pelo decreto, ao contrário do projeto de lei, somente se aplicam no âmbito do Poder Executivo federal.

Um segundo decreto visa aprimorar a proteção ao servidor que denunciar irregularidade na Administração Pública. Entre as novas medidas, está a alteração de local de trabalho do denunciante, a fim de evitar que ele sofra retaliações no local em que exerce as suas funções.

Suspeitas de corrupção

Em 2021, a CPI da Pandemia apontou lobistas com atuações suspeitas no Ministério da Saúde. Um dos alvos dos senadores foi Marconny Faria, suspeito de ser lobista da Precisa Medicamentos e facilitar a criação da empresa de Jair Renan Bolsonaro, filho do presidente.

Também houve suspeitas de irregularidades em torno da aquisição da vacina Covaxin. Houve denúncias de um suposto superfaturamento no valor das doses ofertadas ao Brasil.

Inicialmente, o governo pretendia comprar 20 milhões de doses da Covaxin. A vacina indiana estava no cronograma do Ministério da Saúde desde 17 de fevereiro. Ao todo, seria gasto R$ 1,6 bilhão com as doses. A compra da Covaxin acabou cancelada após as denúncias, mesmo já tendo havido empenho (reserva) do valor bilionário.

Não temos um único caso sequer de corrupção na alta cúpula do governo, disse o ministro em discurso no evento.

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