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Gladson Cameli, governador do Acre, é alvo de operação da PF

A Operação Ptolomeu foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (16/12), pela Polícia Federal, com apoio da Controladoria-Geral da União

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Arthur Menescal/Especial Metrópoles
Gladson Cameli, governador do Acre, chegando para reunião com o ministro da Saúde Marcelo Queiroga. Ele desce de carro e usa máscara branca - Metrópoles
1 de 1 Gladson Cameli, governador do Acre, chegando para reunião com o ministro da Saúde Marcelo Queiroga. Ele desce de carro e usa máscara branca - Metrópoles - Foto: Arthur Menescal/Especial Metrópoles

O governador do Acre, Gladson Cameli (Progressistas), é um dos alvos da Operação Ptolomeu, deflagrada nesta quinta-feira (16/12) pela Polícia Federal, com apoio da Controladoria-Geral da União. A ação investiga uma organização criminosa que atuava no governo do estado. O bando é suspeito de desviar recursos públicos e ocultar bens e valores.

De acordo com a investigação, que tramita no âmbito do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o grupo criminoso seria controlado por empresários e agentes políticos ligados ao Poder Executivo estadual acreano.

Ao todo, 150 policiais e 10 auditores da CGU cumprem 41 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão em quatro estados. A operação foi deflagrada na madrugada desta quinta-feira nas cidades de Rio Branco (AC), Cruzeiro do Sul (AC), Manaus (AM) e Brasília (DF).

O STJ decretou medidas cautelares: o afastamento da função pública, a proibição de acesso a órgãos públicos e o impedimento de contato entre os investigados. A Corte também mandou bloquear aproximadamente R$ 7 milhões das contas dos suspeitos, bem como o confisco de veículos de luxo provenientes dos crimes.

O Metrópoles entrou em contato com a assessoria do governador Gladson, que afirmou por mensagem que ainda “está apurando a situação”.

A deflagração da operação policial é fruto de inquérito instaurado por elementos que demonstraram o aparelhamento da estrutura estatal.

Variadas transações financeiras suspeitas em contas correntes, pagamentos de boletos de cartão de crédito por pessoas interpostas, transações com imóveis de alto valor e aquisições subfaturadas de veículos de luxo chamaram a atenção dos investigadores. Além de movimentações de valores em espécie utilizando aparatos de segurança pública.

“O valor total empenhado para sete empresas foi de R$ 142 milhões durante o período analisado, sendo R$ 17 milhões oriundos de convênios federais e repasses do SUS e do Fundeb. Ademais, foi possível constatar que os valores movimentados pelos envolvidos ultrapassam R$ 800 milhões, montante totalmente incompatível com o patrimônio e a atividade empresarial dos investigados”, disse a PF em nota.

O nome da operação faz referência ao apelido utilizado por um dos principais “operadores” do esquema criminoso, além de aludir à cidade natal de grande parte dos investigados. Ptolomeu foi um cientista, astrônomo e geógrafo de origem grega, que primeiro catalogou a Constelação do Cruzeiro do Sul em seu livro Almagesto, produzido no século II.

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