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Faltam poucos votos para reforma da Previdência, diz líder do governo

Após reunião na residência oficial da Câmara, deputado Beto Mansur afirma que Planalto tem quase todas as 308 adesões necessárias

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Beto Mansur
1 de 1 Beto Mansur - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Depois de uma reunião na residência oficial da Câmara dos Deputados, no fim da tarde desta terça-feira (30/1), o vice-líder do governo na Casa, Beto Mansur (PRB-SP), afirmou faltarem poucos votos até os 308 necessários para o Planalto garantir a aprovação da reforma da Previdência. No entanto, logo em seguida, ele admitiu que só haverá condições de fazer uma contagem efetiva a partir do início do ano legislativo, o qual começa na próxima segunda-feira (5/2).

“Não fiz contagem dos votos, vamos começar a fazer agora”, declarou. Segundo o parlamentar, nesta tarde ficou acertado que líderes da base governista vão conversar com os integrantes de suas bancadas para mapear os apoios à reformulação da Previdência Social. Nos próximos dias, conforme detalhou, a tropa de choque de Temer tentará convencer os indecisos a prestar apoio ao projeto.

Na próxima semana, o grupo e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), terão novo encontro para reavaliar se a estratégia surtiu resultados. Além dos dois deputados, participaram do encontro nesta terça o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, que é responsável pela articulação entre a gestão Temer e o Congresso Nacional, e os líderes do governo no Congresso: deputado André Moura (PSC-SE); do MDB na Câmara, Baleia Rossi (SP); do PR na Casa, José Rocha (BA); bem como o indicado para líder do PSDB, Nilson Leitão (MT).

Trâmite
A previsão da base aliada é de que o texto da emenda aglutinativa da reforma seja lido em plenário na próxima terça (6). Já a votação está prevista para o dia 19, podendo se estender ou passar para o dia seguinte (20). Mansur defende a apreciação da proposta, tendo ou não a garantia de aprovação na Câmara. Já Rodrigo Maia, segundo tem afirmado, só pautará a matéria se houver garantia de que o governo obteve os 308 votos necessários à aprovação.

“Defendo ideia de que temos que ir a voto, perdendo ou ganhando. Se Maia vai pautar ou não, é opinião dele”, afirmou Beto Mansur, que declarou respeitar a posição do presidente da Câmara dos Deputados. Para ele, o governo não sai derrotado caso perca a votação em plenário, por já ser vitorioso ao encaminhar a proposta.

A cúpula do governo federal está envolvida na defesa da proposta: o próprio presidente Michel Temer tem se reunido com congressistas e ido a programas de TV para esclarecer à população a necessidade de reformulação da Previdência Social e garantir que os eleitores pressionem seus representantes a endossar o projeto do Executivo federal. Para o Planalto, está fora de cogitação adiar a votação para depois do período eleitoral, como chegou a ser ventilado.

Mais cedo, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse estar confiante na aprovação da reforma da Previdência em fevereiro, mas observou que contagens preliminares sobre os votos dos parlamentares estão imprecisas. “Hoje, a maior parte dos parlamentares está em suas cidades e estados, em recesso. Portanto, essa conta é muito imprecisa. Vamos de fato saber exatamente no dia da votação”, destacou.

Para o ministro, não há possibilidade de a suspensão de empréstimos a estados e municípios pela Caixa reduzir o apoio de parlamentares às mudanças da Previdência. “A Caixa Econômica, agora, sob o novo estatuto e administração profissional, está seguindo a lei”, disse, acrescentando que, antes, o banco aceitava fundos de participações estaduais e municipais que não poderiam ser dados como garantia.

Com informações da Agência Câmara

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