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Vídeo: Exército retira blocos de concreto que cercam os palácios da Alvorada e do Jaburu

A retirada segue pedido do presidente Lula, que também determinou remoção de grades que estavam há 10 anos em frente ao Palácio do Planalto

atualizado

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Militares do exército retiram barreiras de concreto que cercavam o Palácio da Alvorada - Metrópoles
1 de 1 Militares do exército retiram barreiras de concreto que cercavam o Palácio da Alvorada - Metrópoles - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

Após a histórica retirada das grades que cercavam o do Palácio do Planalto há 10 anos, na quarta-feira (10/5), o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) remove, nesta sexta-feira (12/5), os blocos de concreto que restringiam a entrada aos palácios da Alvorada e do Jaburu, residências oficiais do presidente e do vice-presidente da República, respectivamente.

A retirada foi feita por dois caminhões Munck do Exército Brasileiro. Veja:

A medida foi uma determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na quarta, ao descer a rampa do Planalto para vistoriar a remoção das grades, o petista declarou que não tinha intenção de “cercar” o povo.

“Vou tirar aquela muralha na frente do Alvorada. Depois, a segurança vê como evitar qualquer problema, porque nunca teve. As pessoas iam na porta do Alvorada protestar. Se eu quisesse cercar o povo, não permitir que ele faça protesto, não teria sentido a democracia”, disse Lula a jornalistas na ocasião.

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“Aquilo foi feito em um momento que o PT já não mandava mais no país, na gestão do [ex-presidente Michel] Temer”, completou Lula, que disse ainda que conversará com os chefes dos outros Poderes para que o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso também tirem as grades que cercam os prédios.

Em nota, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) confirmou a retirada. “Informamos que o GSI retirou nesta sexta-feira (12/5) os blocos de concreto e as grades metálicas das vias dos palácios do Jaburu e da Alvorada”, pontuou.

Histórico do cercamento

Quando protestos começaram a pressionar o governo em junho de 2013, grades foram instaladas pelo GSI em volta do Palácio do Planalto, da Alvorada e do Jaburu.

Ainda naquele ano, as grades metálicas, inicialmente colocadas, foram trocadas por uma versão personalizada, estilizada com desenhos das colunas do Palácio da Alvorada, de forma a parecerem mais ambientadas ao conjunto urbanístico da capital. Naquela época, as grades personalizadas custaram R$ 37, 6 mil.

Na época, o GSI argumentava que as grades seriam usadas “quando a situação de segurança recomendar ou com a finalidade de melhor organizar eventos”.

No final de 2017, após não ter pedidos atendidos pelos comandos dos Três Poderes, o Ministério Público Federal (MPF) entrou na Justiça com uma ação contra a União, buscando obrigá-la a retirar as grades sob a alegação de que elas violavam o patrimônio cultural e arquitetônico de Brasília, que é tombado por órgãos brasileiros e pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

O cercamento feito nos palácios presidenciais feitos desde 2013 foi ampliado para as sedes dos outros dois Poderes da República em meados de 2020, quando, respondendo a convocações, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro formaram grupos radicais organizados em Brasília para pressionar o Legislativo e o Judiciário, além de pedir intervenção militar no país. Eram grupos como os “300 do Brasil”.

Apesar do recuo do Palácio do Planalto nesta quarta, o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e até a Praça dos Três Poderes, que fica entre os três prédios, seguem cercados por grades metálicas.

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