Empresa de ex-senador é alvo da 4ª fase da Operação Carne Fraca

Após mandados de busca e apreensão na União Avícola, Cidinho Santos (PL-MT) afirmou que não cometeu nenhuma irregularidade

atualizado 01/10/2019 12:46

Marcos Oliveira/Agência Senado

A empresa União Avícola, da qual o ex-senador Cidinho Santos (PL-MT) é sócio, foi um dos alvos investigados na 4ª fase da Operação Carne Fraca, nesta terça-feira (01/10/2019). A força-tarefa apura o pagamento de R$ 19 milhões em propina a auditores fiscais agropecuários federais em vários estados. Ao Metrópoles, o parlamentar negou que tenha cometido irregularidades.

A Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de busca e apreensão no escritório da empresa do ex-senador. De acordo com Cidinho Santos, foram levados documentos e computadores do local. Ele declarou que não era necessária uma ordem judicial para que a polícia tivesse acesso aos relatórios. “Nos colocamos à disposição das autoridades para qualquer esclarecimento”, afirmou.

O ex-senador disse que o fiscal citado na Carne Fraca, que motivou as buscas na empresa, não é responsável pela unidade da qual é sócio e, por isso, não tem participação nos supostos crimes. “Lamentamos o ocorrido”, pontuou.

A suspeita é que a União Avícola tenha pagado propina a, pelo menos, um dos 60 auditores fiscais agropecuários que são alvos da investigação.

Operação Romanos
A PF deflagrou na manhã desta terça-feira (01/10/2019) a Operação Romanos, 4ª fase da Carne Fraca. Os investigadores apuram crimes de corrupção passiva que teriam sido praticados por auditores fiscais agropecuários federais para beneficiar grupo empresarial.

Agentes da PF cumprem 68 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Federal de Ponta Grossa (PR), em nove estados: Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

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