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Em entrevista à Record, Bolsonaro ataca o PT: “Colado na corrupção”

Em entrevista paralela ao debate dos presidenciáveis realizado pela Globo, candidato diz que será o Brasil contra “eles”

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Jair Bolsonaro
1 de 1 Jair Bolsonaro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Em entrevista ao Jornal da Record, nesta quinta-feira (4/10), o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, líder em todas as pesquisas eleitorais, partiu para o ataque contra o PT, cujo candidato, Fernando Haddad, poderá enfrentá-lo no segundo turno das eleições. De acordo com o peeselista, ao dizer não acreditar nas pesquisas, que, por ora, não indicam sua vitória no primeiro turno, o embate não será “nós” contra o PT. “Será o Brasil contra eles”, afirmou o presidenciável.

Na entrevista, os petistas foram o principal alvo. E Bolsonaro procurou colar nos adversários a imagem da corrupção e da roubalheira. “Não tem como desvincular a corrupção do PT”, observou. “O PT não deu certo. Traiu os trabalhadores. Tem um projeto, como falou o José Dirceu, de reassumir o poder. Ele fala em tirar direitos do Supremo Tribunal Federal. Imagina se fosse eu que dissesse isso”, provocou o candidato.

Para Bolsonaro, se as pesquisas estiverem certas, não haverá como fugir do candidato petista no segundo turno. “Mas não seremos nós contra eles. Será o Brasil que quer mudanças; que não quer mais corrupção; que acredita na família; respeita as religiões; que quer jogar pesado contra a violência, até para dar paz às mulheres, pois terão mais segurança para seus filhos. [Será] O Brasil que quer menos impostos contra o PT”, afirmou.

Questionado se também não teria um projeto de poder, Bolsonaro foi enfático: “Não terei projeto de poder. Não pensamos nisso em hipótese nenhuma”. O candidato disse saber da sua responsabilidade e de como será sua vida nos próximos quatro anos, caso eleito. “Muitos dizem que não posso ser o melhor presidente, mas sou o melhor para o momento”, reforçou.

Minorias
Na entrevista, o presidenciável do PSL voltou a se defender das acusações de ser racista, homofóbico, contra nordestinos, negros e mulheres. Disse que não é estuprador e afirmou só receber esses rótulos porque não podem chamá-lo de corrupto.

“O Brasil é um só povo, não podemos continuar com a divisão de classes no país. A esquerda nos dividiu e ficamos brigando entre nós. Eu quero unir todos”, disparou.

Alternando as respostas aos questionamentos com pausas para descanso, por orientação do enfermeiro que o acompanhava, o candidato encerrou a gravação com um apelo ao eleitor brasileiro para que não vote em branco ou nulo, pois não é o momento de se omitir.

“Temos que dar um pé no traseiro do socialismo e do comunismo. Todos sabem o que nos espera se o PT voltar, se o Zé Dirceu voltar. Não serei mais um capitão da reserva, serei um soldado do Brasil a serviço desse povo”, ressaltou.

Entrevista liberada pelo TSE
A entrevista de Bolsonaro foi ao ar no mesmo momento em que a TV Globo dava início ao último debate entre presidenciáveis antes do primeiro turno das eleições. A gravação com o candidato peeselista foi chancelada pelo ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Horbach, que negou, na noite desta quinta (4), pedido feito por adversários para impedir a exibição.

Na solicitação, PT, PSol, MDB e o candidato a deputado federal Wadih Damus (PT-RJ) alegaram que a veiculação seria uma forma de dar tratamento privilegiado ao candidato e atentaria contra a Lei das Eleições.

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