metropoles.com

“Em 2022, nós devemos ter alternativas não polarizadas”, diz Moro

Em entrevista, ex-ministro critica o ambiente de polarização entre esquerda e direita. Ele confirmou encontro com Luciano Huck

atualizado

Compartilhar notícia

Rafaela Felicciano/Metrópoles
Ex-ministro Sergio Moro
1 de 1 Ex-ministro Sergio Moro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Sergio Moro, ex-ministro da Justiça, criticou o ambiente de polarização entre direita e esquerda e assumiu ter dialogado com nomes que buscam uma nova alternativa.

Ele reconheceu que se encontrou com o apresentador Luciano Huck em outubro, como informou o jornal Folha de S. Paulo, para “conversar sobre o Brasil”. Porém nega, pelo menos por enquanto, que seja candidato ao lado de Huck.

Questionado se está articulando com lideranças para construir uma terceira via de candidatura, em entrevista ao O Globo, Moro destacou que é preciso acabar com o “ciclo de ódio” que existe no Brasil.

Eu ficaria bastante desapontado se chegássemos em 2022 e tivéssemos apenas, como perspectivas eleitorais, dois extremos polarizados, a esquerda e a direita. O brasileiro tem um perfil mais moderado, e essa moderação favorece comportamentos de tolerância, que é o que nós precisamos, e o fim desse ciclo de ódio, que envolve principalmente as figuras do presidente (Bolsonaro) e igualmente do PT, especialmente o ex-presidente Lula”, disse Moro.

O ex-juiz afirmou que a construção desse caminho é algo importante, e não necessariamente passa por ele. “Existem várias pessoas”, apontou.

0

O ex-ministro de Justiça afirmou que existe muita especulação sobre as eleições de 2022 e ocorre uma grande movimentação de pessoas com perfil de centro que estão conversando. “Várias pessoas podem ser bons candidatos de centro, como o próprio Luciano Huck, o (governador) João Doria, o ex-ministro Mandetta, o João Amoêdo ou mesmo o vice Hamilton Mourão.”

Moro também foi perguntado se houve algum compromisso firmado com Luciano Huck ou Henrique Mandetta. Ele respondeu alegando que “todo mundo está conversando”, mas que isso não significa que ele será candidato. Além disso, frisou que as questões eleitorais sobre o que irá fazer no futuro são “meramente especulativas”.

Biden e Trump

A eleição americana também foi pauta da conversa. Questionado sobre a vitória do candidato democrata Joe Biden nos Estados Unidos, Sergio Moro chamou atenção para o posicionamento do democrata sobre unir os americanos, afirmando que “esse é o espírito que deve prevalecer”.

Ele enxerga que a corrupção no Brasil não registra mais tantos escândalos. Entretanto, chama atenção para os casos pontuais que surgem para que haja uma resposta do governo. “Temos tido retrocessos sim, infelizmente. E isso acontece desde o ano passado, não só por decisões de outros poderes, mas também por uma certa inação do Poder Executivo”, disse Moro.

A omissão do governo em apoiar a retomada do restabelecimento da prisão após a condenação na segunda instância e a não redução do foro privilegiado são retrocessos no governo.

Sobre Bolsonaro, o ex-ministro afirma que o presidente tem grande poder por ser um exemplo para as pessoas. ” As palavras são muito fortes. Quando uma ação é prejudicada pelo discurso equivocado da liderança maior, seu efeito diminui. Até porque a comunidade internacional ouve muito a palavra dessa liderança.”

Apesar de não conhecer o ministro Nunes Marques pessoalmente, Sergio Moro deseja que tenha sorte e sucesso na carreira no STF.

 

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?