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Eleição na Câmara: confira como foram as últimas disputas

Com competições acirradas, renúncias e boas vitórias, a cadeira da presidência já abrigou 54 parlamentares desde a proclamação da República

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
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1 de 1 camara eleicao deputados votacao plenario - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Sentar na cadeira da presidência da Câmara dos Deputados é um mérito conquistado por muitos políticos ao longo dos anos. Deputados de diferentes partidos e ideais se candidatam ao cargo e, ao serem eleitos, formam o contraste em cada biênio de mandato. Desde a proclamação da República, em 1889, 54 parlamentares assumiram o posto de presidente da Casa.

Atualmente, no comando da Câmara está Rodrigo Maia (DEM-RJ), que disputa nova reeleição com outros seis candidatos: Fábio Ramalho (MDB-MG), Ricardo Barros (PP-PR), General Peternelli (PSL-SP), JHC (PSB-AL), Marcel van Hattem (Novo) e Marcelo Freixo (Psol-RJ). A eleição acontece nesta sexta-feira (31/1), às 18h, no plenário.

Maia assumiu a presidência da Casa em 2017. Na ocasião, ele foi reeleito no 1º turno, com 293 votos, vencendo outros cinco candidatos: Jovair Arantes (PTB-GO), que obteve 105 votos; André Figueiredo (PDT-CE), 59 votos; Júlio Delgado (PSB-MG), 28 votos; Luíza Erundina (Psol-SP), 10 votos; e o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que teve apenas 4 votos.

No dia da eleição, em 2017, o então deputado federal e candidato ao cargo de presidente da Câmara, Bolsonaro foi flagrado em uma discussão com o filho Eduardo Bolsonaro, também deputado federal. A “briga” aconteceu por meio de trocas de mensagens no WhatsApp. Um fotógrafo registrou o texto na tela do celular: “Papel de filho da puta que você está fazendo comigo. Tens moral para falar do Renan? Irresponsável”. Após o ocorrido, Bolsonaro explicou que quando soube que o filho ia faltar à sessão da Câmara, decidiu cobrá-lo.

Em 2016, Maia foi eleito pela primeira vez para o comando da Câmara no segundo turno, com 285 votos. Naquela ocasião, o democrata venceu Rogério Rosso (PSD-DF), que era apontado como candidato favorito do Palácio do Planalto e teve 170 votos. O atual presidente da Casa sucedeu o ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ), que renunciou à posição após ter o mandato suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Cunha ganhou a eleição para a presidência da Casa em 2015, quando foi eleito com 257 votos, no primeiro turno. Na votação, o emedebista derrotou outros três candidatos, incluindo o representante governista, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que recebeu 136 votos. O candidato do PSB, Júlio Delgado (MG), ficou em terceiro lugar, com 100 votos, e o do PSol, Chico Alencar (RJ), em quarto, com oito votos. O então deputado não conseguiu finalizar o biênio devido a problemas com a Justiça e renunciou.

Na eleição de 2013, o emedebista Henrique Eduardo Alves foi o vitorioso. Com 271 votos, ele venceu três adversário no primeiro turno: a colega de partido Rose de Freitas (ES), que recebeu 47 votos, e os deputados Júlio Delgado (PSB-MG), que teve 165 votos, e Chico Alencar (PSol-RJ), que obteve 11 votos. Alves permaneceu no cargo até 2015.


Voltando na linha do tempo, em 2011, o parlamentar que esteve à frente da presidência da Câmara foi Marco Maia (PT-RS). O deputado foi eleito com 375 votos, no primeiro turno, derrotando o deputado Sandro Mabel (PR-GO), que teve 106 votos; Chico Alencar (PSol-RJ), com 16 votos e Jair Bolsonaro (PP-RJ), que recebeu 9 votos. O petista já estava no comando da Casa desde 2010, devido à renúncia de Michel Temer (PMDB-RJ).

Temer foi eleito em 2009, no primeiro turno, com 304 votos – apoiado por um bloco de 14 partidos. Ele disputou a cadeira da presidência da Câmara dos Deputados com outros outros dois parlamentares: Ciro Nogueira (PP-PI), que ficou em segundo lugar, com 129 votos, e Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que teve 76. O emedebista renunciou quando assumiu a vice-presidência da República ao lado da então presidente Dilma Rousseff (PT-MG).

Na primeira votação secreta pelo sistema eletrônico, em 2007, um petista foi eleito como presidente da Casa: o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). Ele venceu a eleição acirrada contra Aldo Rebelo (PCdoB-SP), no segundo turno. Ambos tiveram respectivamente 261 e 243 votos. Rabelo disputava a reeleição – ele foi eleito em 2005, com 258 votos, no primeiro turno.

Arte/Metrópoles
Em 2005, Severino Cavalcanti (PP-PE) foi eleito em segundo turno com 300 votos, 105 a mais do que o candidato oficial do governo e da bancada do PT, a maior da Câmara, Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP). Cavalcanti disputou o cargo com uma candidatura avulsa, sem apoio oficial de nenhum partido, e chegou ao poder na Casa.

Já seu antecessor, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) foi o primeiro petista a assumir o comando da Câmara, em 2003. Ele venceu a eleição, no primeiro turno, com 434 votos. Sua candidatura era única, fruto de um pré-acordo entre PT e o então PMDB para respeitarem a tradição do Congresso Nacional de colocar nas presidências da Câmara e do Senado representantes das maiores bancadas. O petista foi o parlamentar mais votado na Casa desde 1991.

Sem passar pela eleição do plenário da Câmara, o deputado Efraim de Morais (PFL-PB) tomou posse no comando da Casa em 2002. Ele assumiu a posição no lugar de Aécio Neves (PMDB-MG), que renunciou para se dedicar ao processo de transição ao governo de Minas Gerais – cargo ao qual foi eleito com mais de 5 milhões de votos. Em 2001, Aécio foi eleito com 283 votos, no primeiro turno. Ele derrotou Inocêncio Oliveira (PFL-PE) que recebeu apenas 117 votos.

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