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Eduardo Leite reage às críticas de Bolsonaro: “Imbecil”

O governador gaúcho, que apoiou o presidente em 2018, disse que foi um erro cometido por ele e por milhões de brasileiros

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Hugo Barreto/Metrópoles
Eduardo Leite (PSDB)
1 de 1 Eduardo Leite (PSDB) - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), reagiu às críticas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre o fato de Leite ter se assumido publicamente gay. Em entrevista à Folha de S.Paulo, o tucano disse que Bolsonaro é um “imbecil” e que não entende por que o mandatário do país diz que falar sobre sua própria orientação sexual significa imposição para outras pessoas.

“Não resta outra coisa a dizer senão que o presidente é um imbecil”, disparou o governador, que apoiou Bolsonaro nas eleições em 2018.

Após as revelações de Leite, Bolsonaro avaliou que o gaúcho estava usando a questão como um “cartão de visita” para possível candidatura presidencial em 2022. “Ninguém tem nada contra a vida particular de ninguém, agora, querer impor seu costume, seu comportamento para os outros, não”, disse o mandatário da República a apoiadores na porta do Palácio da Alvorada, na sexta-feira (2/7).

“Erro”

Na entrevista, Leite negou ter apoiado a conduta de Bolsonaro durante as eleições, que declarou seu voto no atual presidente, mas que considera ter sido um erro a escolha de Bolsonaro.

“Eu não declarei apoio. Apoio é pedir votos, é fazer campanha junto, isso eu não fiz. Eu declarei o voto, com uma crítica contundente, num vídeo que está na internet”, destacou.

“Saiu no programa eleitoral a minha crítica, que eu não me sentia representado naquele clima de ódio, que eu daria o voto na expectativa de que pudesse ser diferente do que o histórico dele apresentava, porque do outro lado estava o partido que tinha levado o Brasil a 14 milhões de desempregados, uma recessão econômica profunda e uma crise moral e ética gravíssima, com casos de corrupção comprovados e muito fortes”, disse o tucano.

Denúncias e impeachment

Para Leite, as denúncias de superfaturamento na compra de vacinas e de condução da política de enfrentamento da pandemia são “graves”.

Quanto ao pedido de impeachment do presidente, o tucano optou pela cautela no discurso. Ele apontou que o impeachment não deve ser banalizado, assim como não pode se banalizar o próprio exercício da Presidência da República.

“Tem fatos graves, merece a investigação e, eventualmente, se revelar inevitável, ser conduzido o processo de impeachment. Eu guardo cautela a respeito das minhas manifestações, porque sou governador para todos os gaúchos, a favor e contra, e estou dentro de uma relação institucional de governo”, disse Leite, que pretende disputar as prévias para a escolha do nome do PSDB para as eleições de 2022.

O governador disse ainda que não tem agenda prevista com o presidente, que visitará o estado na próxima semana. “Absolutamente nada previsto nesse sentido”, declarou.

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