metropoles.com

CPI ouve ex-secretário de Saúde do DF na próxima semana. Veja agenda

Senadores também marcaram os depoimentos de representantes da Fib Bank e da Belcher Farmacêutica

atualizado

Compartilhar notícia

Rafaela Felicciano/Metrópoles
secretário de Saúde do DF, Francisco Araújo
1 de 1 secretário de Saúde do DF, Francisco Araújo - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A CPI da Covid-19 já definiu a agenda de depoimentos para a próxima semana. O foco do colegiado continuará nas denúncias de irregularidades que envolvem a compra e venda de vacinas contra o novo coronavírus.

Na terça-feira (24/8), a comissão ouvirá Emanuel Catori, um dos sócios da Belcher Farmacêutica, ligada ao líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR).

A Belcher atuou no Brasil como intermediária entre o governo federal e o laboratório CanSino pela venda da vacina chinesa Convidecia. A farmacêutica, inclusive, realizou transmissões on-line com os empresários Luciano Hang e Carlos Wizard para tratar da venda do imunizante para o Brasil.

Ligada a Barros, a empresa tem sede em Maringá (PR), distrito eleitoral do deputado. Em depoimento à CPI, o líder do governo chegou a dizer que os chineses perderam o interesse em negociar a venda dos imunizantes com o Brasil, sendo desmentido em seguida pela própria CanSino.

Para quarta (25/8), os senadores ouvirão Roberto Pereira Ramos Junior, presidente da Fib Bank, para prestar depoimento ao colegiado, na condição de testemunha. A empresa foi utilizada pela Precisa Medicamentos, intermediadora do negócio da Covaxin, para oferecer uma “carta de fiança” ao Ministério da Saúde.

Os trabalhos do colegiado se encerrarão com oitiva destinada a colher o depoimento do ex-secretário de Saúde do Distrito Federal Francisco Araújo. Ele foi alvo de ação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) deflagrada para apurar possível superfaturamento milionário em contratação emergencial, entre março e outubro do ano passado, de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) pelo Instituto de Gestão Estratégica em Saúde do Distrito Federal (Iges-DF).

Araújo também é suspeito de ter favorecido empresas, incluindo a Precisa Medicamentos, enquanto ocupava a cadeira de secretário da Saúde do DF. Ele foi preso em 25 de agosto, no âmbito da Operação Falso Negativo, enquanto era secretário de Saúde.

Depois, foi afastado e exonerado do cargo público. O ex-gestor e outras 14 pessoas viraram réus, acusados de organização criminosa, inobservância nas formalidades da dispensa de licitação, fraude à licitação, fraude na entrega de uma mercadoria por outra (marca diversa) e peculato (desviar dinheiro público).

O prejuízo estimado aos cofres públicos, com atualizações monetárias e danos causados pela ação do grupo, é de R$ 46 milhões. Somente com possíveis fraudes em contratos para compra de testes da Covid-19, o MPDFT calcula dano de R$ 18 milhões ao erário.

 

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?