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“CPI não olhou questão econômica e social”, critica Mourão

O relatório de conclusão da investigação que tramita no Senado Federal foi entregue nesta quarta e a votação acontecerá na próxima terça

atualizado

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Bruno Batista/VPR
Hamilton-Mourao
1 de 1 Hamilton-Mourao - Foto: Bruno Batista/VPR

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse, na manhã desta quarta-feira (20/10), que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 considerou apenas o lado da saúde, mas que não olhou para questões econômicas e sociais do país. O relatório de conclusão da investigação que tramita no Senado Federal foi entregue nesta quarta-feira.

Haverá um pedido de vista coletivo – mais prazo para análise – e a votação acontecerá na próxima terça-feira (26/10).

“A CPI foi criada pra avaliar o desempenho do governo ao longo da pandemia, ela se concentrou única e exclusivamente numa vertente, que foi a saúde. Ela não olhou a questão econômica e nem social”, disse Mourão na chegada ao Palácio do Planalto.

Segundo o vice-presidente, haverá “certa exploração política” em cima do relatório, mas isso já seria esperado pelo governo. “Vamos aguardar o que o procurador-geral e o STF vão dizer. Tudo é uma questão de aguardar o que o processo ocorra, como está previsto na legislação”, concluiu o general.

O relator da CPI, o senador Renan Calheiro entregou o novo relatório da CPI da Covid em que pede indiciamento de 66 pessoas e duas empresas.

Entre os nomes, estão o do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e de três de seus filhos – o vereador pelo Rio de Janeiro, Carlos (Republicanos-RJ), o senador, Flávio (Patriota-RJ), e o deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) –, além dos ministros Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União), Walter Braga Netto (Defesa) e Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência).

No parecer, constam ainda os pedidos de indiciamento dos ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores). Há também outros parlamentares, empresários, lobistas, médicos, pesquisadores e influenciadores bolsonaristas.

No total, a Comissão da Covid funcionou por quase seis meses, com 64 reuniões e 366 horas de trabalho, com 57 depoimentos, além de 1.055 requerimentos, 521 pedidos de informação e 251 quebras de sigilo, totalizando 9,4 terabytes de documentos recebidos.

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