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CPI do 8/1: deputado pede quebra de sigilo bancário de preso por tentar explodir aeroporto

Condenado por planejar atentado terrorista contra o aeroporto de Brasília ficou em silêncio na CPMI sobre os atos golpistas de 8/1

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
George Washington na CPI de 8/1
1 de 1 George Washington na CPI de 8/1 - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Um pedido de quebra de sigilo bancário de George Washington de Oliveira Sousa, preso por suspeita de tentar explodir o aeroporto de Brasília, foi apresentado à CPI dos atos golpistas. O requerimento foi anunciado pelo deputado Rafael Brito (MDB-AL), na sessão desta quinta-feira (22/6), pouco antes da oitiva com o homem apontado como responsável pelo ato terrorista frustrado, que está calado diante das perguntas dos parlamentares.

Rafael Brito questionou como George Washington, que ganha entre R$ 4 e R$ 5 mil mensais, segundo seu depoimento, conseguiu adquirir um carro de luxo avaliado em R$ 300 mil e, ainda, obter mais de R$ 160 mil em armamentos e munições. O veículo e o arsenal foram encontrados por agentes da Polícia Civil do DF quando prenderam o suspeito de tentar executar o ato terrorista.

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Também nesta terça-feira (22/6), a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito ouviu, na condição de testemunhas: Valdir Pires Dantas Filho, perito responsável pela elaboração do laudo da PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal); Renato Martins Carrijo, perito da Polícia civil do Distrito Federal; e Leonardo de Castro, diretor de Combate à Corrupção e Crime Organizado da Polícia Civil do DF.

Na próxima semana, não haverá deliberações, apenas oitivas; por isso, o requerimento de quebra de sigilo bancário só deve ser votado na primeira semana de julho.

Acompanhe ao vivo a sessão desta quinta-feira da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito sobre os atos de 8/1:

George Washington fica calado

Após aproximadamente seis horas de reunião, a oitiva de George Washington foi iniciada pela CPI dos atos golpistas no fim da tarde desta quinta-feira. Ele entrou na sala após o fim dos questionamentos à equipe de agentes da Polícia Civil do Distrito Federal e decidiu ficar em silêncio, sendo duramente criticado pelo presidente do colegiado, Arthur Maia (União-BA).

Antes da chegada de George Washington, esperava-se um depoimento na condição de testemunha. Ele foi preso no dia 25 de dezembro do ano passado, sob suspeita de planejar um atentado terrorista para explodir parte do aeroporto de Brasília. Ele foi condenado a 9 anos e 4 meses de prisão em maio. Além dele, também foi condenado Alan Diego dos Santos Rodrigues.

Conexão com Bolsonaro

O senador Jorge Seif (PL-SC) perguntou a Leonardo de Castro, diretor de Combate à Corrupção e Crime Organizado da Polícia Civil do Distrito Federal, se foi detectada, a partir da apreensão dos três celulares de George Washington, alguma conexão entre o preso e o então presidente Jair Bolsonaro ou algum político de direita.

“O conteúdo não mostra contato com alguma autoridade política. No novo inquérito, foram aprendidos celulares de outros suspeitos, mas a extração de dados ainda está ocorrendo”, respondeu.

O questionamento acontece porque foi encontrado, no telefone de George Washington, o rascunho de uma carta endereçada ao então presidente Jair Bolsonaro. Em determinado trecho, ele escreveu: “O senhor despertou esse espírito”.

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