Coronavírus: Mourão defende isolamento, mas critica “histeria”
Vice-presidente ressaltou a necessidade de que retomada econômica seja gradual, para conter disseminação do coronavírus
atualizado
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De novo contrastando com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) voltou a defender o isolamento social para combater o novo coronavírus. Durante evento do banco BTG Pactual nesta quinta-feira (02/04), ele apregoou uma retomada econômica “lenta, gradual e segura”.
Mourão ressaltou que o Brasil ainda não atingiu o pico da Covid-19, doença causada pelo vírus, e a liberação de atividades que não sejam essenciais vai se dar gradativamente, a depender da disseminação dos casos.
“Vou usar até uma expressão que era do tempo do presidente [Ernesto] Geisel, quando se referia à abertura política: esse processo terá que ser lento, gradual e seguro, de modo que, pouco a pouco, as atividades vão retornando”, afirmou o general.
O objetivo, reforçou, é evitar o colapso da saúde e ganhar tempo para a compra de insumos necessários ao atendimento dos pacientes.
Mourão, contudo, ecoou as críticas de Bolsonaro ao que eles chamam de “histeria” quanto ao coronavírus. Para o vice-presidente, há uma “superexploração” da doença que “distorce” a realidade.
“A avaliação é que nós temos que continuar com essa política de isolamento, no sentido de atravessarmos esse mês de abril, onde se espera que o pico da doença comece a ocorrer, procurando aquilo que vem sendo chamado do achatamento da curva, de modo que o nosso sistema de saúde, e principalmente a chegada dos insumos que estão sendo comprados, permita que a gente supere esse momento.”