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Conselho de Ética da Câmara volta até julho com caso de Eduardo Bolsonaro

O presidente da Casa, Rodrigo Maia, foi pressionado pelos parlamentares após falas autoritárias do filho do presidente da República

atualizado

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Andre Borges/Esp. Metrópoles
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1 de 1 EDUARDO-BOLSONARO3 - Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira (02/06) que o Conselho de Ética da Casa vai retornar aos trabalhos até julho. O colegiado estava parado devido à pandemia do novo coronavírus.

“Vai voltar nas próximas semanas, no máximo na primeira semana de julho. Até porque tem mandato de dois anos e pode trabalhar de forma remota. Não sei se consigo todas as comissões, mas o Conselho de Ética sim”, disse em coletiva de imprensa.

Questionado se as recentes declarações do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) sobre rompimentos institucionais motivaram a decisão, Maia desconversou, alegando que havia “muitas questões paradas no Conselho”.

“A partir da primeira semana de julho o Conselho pode voltar. Não estou querendo voltar amanhã para tratar de caso específico nenhum”, disse.

Após falar que não era mais uma questão de “se”, porém de “quando” haverá uma ruptura institucional, o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi mais uma vez denunciado ao Conselho de Ética da Casa por quebra de decoro parlamentar. O pedido foi protocolado por quatro partidos na noite de quinta-feira (28/05): PT, PSol, PDT e Rede Sustentabilidade.

A ação protocolada pela oposição ocorreu em resposta às declarações do filho do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), em uma transmissão ao vivo com apoiadores do chefe do Executivo, alvo do inquérito de fake news aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em que fala de uma futura “ruptura” institucional no país.

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“Entendo quem queira ter essa postura mais colaborativa, tentar evitar a ruptura, mas até agora não está ajudando nada ter uma postura democrática”, disse Eduardo Bolsonaro, prevendo que será necessário reagir ao que ele chamou de “mais abusos”.

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