Com foco na Prevent Senior, CPI da Covid entrega relatório ao MPT

Entrega do documento ocorreu na tarde desta quinta-feira (28) e foi endereçada ao procurador-geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira

atualizado 28/10/2021 16:01

Victor Fuzeira/Metrópoles

Senadores da CPI da Covid-19 estiveram, na tarde desta quinta-feira (28/10), na sede da Procuradoria-Geral do Trabalho, no Ministério Público do Trabalho (MPT), para entregar o relatório final do colegiado, aprovado na última terça (26/10).

A entrega do documento foi endereçada ao procurador-geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira. A denúncia encaminhada ao órgão trata, especificamente, das supostas irregularidades cometidas pela operadora Prevent Senior a seus funcionários.

Ex-médicos da empresa relataram à CPI que, em diversos momentos, teriam sido coagidos a receitar medicamentos ineficazes em pacientes com Covid-19. Nos relatos há informações sobre ameaças de demissão, caso o profissional se recusasse a seguir os protocolos instituídos pela direção da Prevent.

Diretores e médicos estão entre os 80 indiciados no relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL). Por esse motivo, a comissão pede investigação e responsabilização dos profissionais que tenham, eventualmente, cometido irregularidades no exercício da profissão ao longo da pandemia.

A Prevent Senior também é alvo de investigação de força-tarefa do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e de uma segunda comissão parlamentar, instaurada na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

O cronograma também prevê que os parlamentares entreguem nesta tarde o documento ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux.

No encontro, o vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pediu que, além da análise do relatório, o MPT ouça a advogada que representa ex-médicos da Prevent Senior, Bruna Morato.

“É indispensável ouvir dona Bruna Morato. Um dos depoimentos mais importantes da CPI”, destacou.

O presidente Omar Aziz (PSD-AM) sugeriu ao órgão que trabalhe na sugestão de leis trabalhistas voltadas aos direitos dos profissionais da área de saúde. “Ficaram à mercê da sorte durante uma pandemia. Nunca estivemos preparados”, defendeu.

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