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Caso Bruno e Dom: Torres pede para remarcar audiência com senadores

Diante da ausência confirmada, senadores irão pressionar pela convocação do ministro da Justiça, obrigando-o a ir ao Senado

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Anderson Torres, ministro da Justiça e Segurança Pública, é convidado a prestar esclarecimentos sobre morte de crianças da etnia Yanomami por ação de garimpeiros na Câmara 15
1 de 1 Anderson Torres, ministro da Justiça e Segurança Pública, é convidado a prestar esclarecimentos sobre morte de crianças da etnia Yanomami por ação de garimpeiros na Câmara 15 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, pediu a senadores da Comissão de Direitos Humanos (CDH) para remarcar a audiência pública prevista para ser realizada nesta quarta-feira (22/6). A oitiva tinha por objetivo esclarecer as ações do governo federal em torno dos assassinatos do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo.

Torres solicitou a remarcação em razão, conforme dito aos senadores, de conflitos em sua agenda. Ainda não há a previsão de quando a oitiva ocorrerá. A informação foi confirmada ao Metrópoles pelo presidente da CDH, senador Humberto Costa (PT-PE).

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Por se tratar de um convite, o ministro da Justiça não estava obrigado a comparecer à audiência. Diante da ausência confirmada para esta tarde, parlamentares estudam votar requerimentos de convocação do titular da pasta, obrigando-o a ir ao Senado.

A audiência seria realizada em colaboração com a Comissão Externa Temporária do Senado criada para monitorar de perto as apurações em torno do caso.

“Teremos mais mortes”

Mais cedo, os membros dos colegiados ouviram representantes da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja). Na ocasião, a entidade reclamou que as investigações da Polícia Federal sobre os assassinatos não levaram em consideração informações sobre ameaças e atuação de organizações criminosas já levantadas pela instituição e que foram repassadas às autoridades.

O procurador jurídico da Univaja, Eliesio Marubo, discordou da versão apresentada pela PF de que não há mandante ou organização criminosa por trás do crime e fez um alerta, caso essas informações sejam desprezadas e providências não sejam tomadas para identificação e punição dos mandantes: “Teremos mais mortes. Eu estou afirmando que teremos mais”.

“A diretoria da Univaja toda está marcada com a mesma marca de Bruno e Dom. Temos que andar com seguranças. Temos que andar com carro blindado. Isso não é vida. Não estamos em um país em guerra. Não estamos pedindo nada demais. Só queremos ter acesso a todas as garantias constitucionais”, apelou.

Uma lista com documentos foi entregue aos senadores das comissões, incluindo um ofício que foi encaminhado à Funai, no qual a Unijava informava a pesca ilegal. “Não demorou 60 dias. Mataram o Bruno e mataram o Dom. Não demorou 60 dias de um de um ofício que praticamente dizia como o crime estava estava ocorrendo”, comentou o senador Randolfe Rodrigues, durante a audiência.

Segundo Marubo, não houve providência alguma do governo em relação à denúncia. “E por incrível que pareça, tudo indica a depender das informações colhidas no inquérito, que a arma é a mesma que matou Bruno e Dom”. “A canoa é a mesma que foi utilizada para abordar; Todo o material é o mesmo. Essa pessoa também fez uma ameaça no dia anterior a equipe que estava recebendo Bruno”, destacou.

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