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Calheiros a Flávio Bolsonaro: “Talvez esteja saindo do negacionismo”

O filho do presidente manifestou medo de aglomerações e mortes durante o trabalho da CPI e virou alvo de ironias dos colegas

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Renan Calheiros
1 de 1 Renan Calheiros - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Logo após a reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB), ironizou a preocupação do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), com possíveis aglomerações durante o funcionamento do colegiado.

O temor do filho do presidente foi manifestado durante a sessão que elegeu a presidência da CPI e a relatoria. Segundo Flávio, é muito grande o risco sanitário que os trabalhos presenciais da CPI poderão acarretar ao Senado.

“Acho que é muito importante comemorar declaração de Flávio. Primeira vez que se preocupa com aglomeração. Talvez esteja saindo do negacionismo e aderindo à ciência”.

Na sessão, Flávio ainda responsabilizou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) pelos riscos da aglomeração que a CPI pode gerar. Ele defendeu que a comissão só pudesse funcionar se todos estivessem vacinados.

“Conversão”

Também o vice-presidente da CPI ironizou o senador Flávio Bolsonaro. Segundo Randolfe Rodrigues, a comissão já conseguiu um feito positivo: “fazer a conversão ao distanciamento social do filho do presidente”.

Durante a sessão, o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), chegou a parabenizar Flávio por ele estar usando máscara.

“Quero parabenizar vossa excelência [Flavio Bolsonaro[ por estar de máscara, diante de álcool gel, ao contrário do ex-ministro Pazuello, que circulava sem máscara em shopping na minha cidade [Manaus], dando um péssimo exemplo”, disse Braga, se dirigindo ao senador.

 

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