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Boulos ameaça processar desembargadora por postagem em rede social

Magistrada postou sobre o líder sem-teto: “A tristeza no olhar de quem sabe que vai ser recebido na bala depois do decreto do Bolsonaro”

atualizado

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1 de 1 boulospds (3) - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O líder sem-teto Guilherme Boulos, candidato derrotado à Presidência nas eleições 2018, ameaça ir à Justiça contra a desembargadora Marilia Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, por causa de uma postagem feita pela magistrada em suas redes sociais.

A desembargadora compartilhou um meme do perfil “Eu Apoio Bolsonaro” com a foto de Boulos e a frase: “A tristeza no olhar de quem sabe que vai ser recebido na bala depois do decreto do Bolsonaro”.

Segundo o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a postagem é mais um caso de desrespeito da magistrada ao princípio da imparcialidade.

“Essa desembargadora é um exemplo de como não deve se portar um magistrado. Ao invés de equilíbrio, ameaças. Tem arroubos nas redes sociais que deveriam envergonhar um adolescente. Atacou covardemente a memória de Marielle, ameaçou Jean Wyllys e agora incita a violência contra mim. Onde vai parar? Vamos tomar as providências jurídicas e esperamos que o Judiciário coloque limites a essa conduta inconsequente e flagrantemente ilegal”, disse Boulos.

O MTST tem entre suas práticas a invasão de imóveis como forma de pressão sobre as autoridades para a construção de moradias populares.

Alvo de outros processos
Segundo ele, seus advogados ainda estudam qual medida será tomada. Marilia Castro Neves é alvo de cinco procedimentos instaurados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), um deles por ter acusado a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), assassinada no ano passado, de envolvimento com criminosos, também nas redes sociais.

Segundo o CNJ, os procedimentos estão protegidos por sigilo “aguardando a prática de atos pelo Tribunal de Justiça do Rio de janeiro e pela própria representada, em obediência às regras contidas no Regimento Interno do CNJ e no Regulamento Geral da Corregedoria Nacional de Justiça, para serem apreciados e decididos”.

Procurada pela reportagem, a desembargadora não quis comentar o caso. No seu perfil nas redes sociais, considerou a reação ao comentário sobre Boulos como “tipo de censura” e “discurso de ódio”, alegando que “é assim que começa a ditadura”.

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