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Bolsonaro voltar a criticar governadores: “Muitos deitaram e rolaram”

Presidente defende que eventuais desvios de recursos federais por estados e municípios sejam investigados pela CPI da Covid

atualizado

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Igo Estrela/ Metrópoles
presidente jair bolsonaro durante lançamento do Programa Gigantes do Asfalto no palácio do Planalto
1 de 1 presidente jair bolsonaro durante lançamento do Programa Gigantes do Asfalto no palácio do Planalto - Foto: Igo Estrela/ Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar, nesta quinta-feira (20/5), governadores do país por, segundo ele, “deitarem e rolarem” em recursos federais enviados a estados e municípios para combater a pandemia de coronavírus.

Em transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro disse que tem o poder “de fechar tudo no Brasil”, mas que não o fará. Ele lembrou que, desde o início da pandemia, defendeu que eram dois os problemas: “O vírus e o desemprego”.

“Eu tinha o poder, tenho ainda, de fechar tudo no Brasil. Fechar tudo no Brasil. Imagine. Não fiz isso por quê? Porque sempre disse que tínhamos dois problemas no momento, que deveriam ser tratados com a mesma responsabilidade e de forma simultânea, que eram o vírus e o desemprego. Muitos governadores deitaram e rolaram”, declarou.

Bolsonaro voltou a usar a expressão “meu Exército” e que as Forças Armadas ainda poderão ir às ruas para “garantir a liberdade”.

“Eu já falei várias vezes que meu Exército jamais irá às ruas para manter o povo dentro de casa como as forças policiais de alguns estados foram para as ruas para manter o povo dentro de casa e descer porrada no povo. O ‘meu Exército’ pode ir pra rua sim, um dia, para garantir a liberdade, garantir o direito de ir e vir, a liberdade de culto, ao trabalho. Aí sim. Porque aí é jogar dentro das quatro linhas da Constituição.”, afirmou.

CPI da Covid

Antes da instalação da Comissão de Inquérito Parlamentar, que investiga ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia, Bolsonaro defendia que estados e municípios fossem investigados por eventuais desvios de recursos federais – o que também foi incluído nos trabalhos da comissão.

Nesta quinta, o presidente chamou a CPI e o relator da comissão, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) de “vexame”.

“Mas a CPI continua sendo um vexame nacional. Não querem investigar, então, o desvio de recursos. Querem investigar aquele negócio que o pessoal usa pra combater malária”, disse, em referência à cloroquina, medicamento sem eficácia comprovada cientificamente contra a Covid-19.

Números da pandemia

Na live, o mandatário do país ainda voltou a colocar em dúvida os números de casos e mortes em decorrência da pandemia e disse que “só se fala em Covid”.

“Doença só se fala em Covid. O número de óbitos de outras doenças tem diminuído bastante. Tem coisa esquisita nesses números. Tá bom, grande imprensa sem vergonha”, disse.

Em abril, durante conversa com apoiadores, no Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse que parece que a Covid-19 “matou o mosquito da dengue”.

Na ocasião, ainda afirmou que pediu ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que apresente o número de pessoas que morreram por doenças não relacionadas à Covid-19 nos últimos cinco anos.

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