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Bolsonaro volta a minimizar racismo no Brasil: “Há um exagero”

Durante participação em um podcast cristão, presidente disse que existe racismo no país, mas não da forma como falam

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1 de 1 Bolsocast 3 - Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a minizar a existência do racismo no Brasil e disse, nesta segunda-feira (12/9), que o crime contra negros existe no país, mas não da forma como falam.

Em participação em um podcast cristão, o chefe do Executivo federal relembrou um episódio de 1978, quando era aspirante do Exército e, durante um exercício militar numa lagoa, salvou um colega negro. “Se eu fosse racista, deixava ele morrer afogado”, disse, ressaltando que seu sogro também é negro.

“Os caras ficam te acusando das coisas e ficam generalizando. E não é bem assim. Tem racismo? Tem, mas não dessa forma. […] Há um exagero nas coisas”, afirmou o presidente na sequência.

O racismo é crime no Brasil, previsto na Lei 7.716/1989, que foi elaborada para regulamentar a punição de atos de preconceito de raça ou de cor. Além disso, desde 2021 o crime de injúria racial pode ser equiparado ao de racismo e ser considerado imprescritível, ou seja, passível de punição a qualquer tempo.

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Bolsonaro ainda lembrou o caso de uma torcedora do Grêmio que foi afastada do emprego depois de ser identificada como uma das responsáveis por ofender com palavras racistas o goleiro Aranha, então no Santos. 

“Tinha uma loira e um afrodescendente do lado falando a mesma coisa. Xingando o Aranha. Ela foi enquadrada por racismo. Num estádio, eu sei que você não deve fazer isso, mas do lado tinha um coro criticando o Aranha, e levaram a vida dessa menina para a desgraça. Não estou defendendo a menina, mas a forma como foi tratado o assunto, não é o correto, um exagero”, declarou.

Forma de dividir

Em julho deste ano, em entrevista ao apresentador Tucker Carlson, da emissora norte-americana conservadora Fox News, Bolsonaro já havia minimizado a existência do racismo no Brasil.

“É uma forma de você dividir. Mesmo antes de Lula tomar o poder, em 2003, a esquerda já pregava uma disputa de negros contra brancos, chefes e empregados, nordestinos e sulistas. A esquerda ganhou seguidores graças a essa abordagem”, afirmou o presidente.

“Eu sou um branco de olhos azuis. Racismo existe no Brasil, mas não como dizem. A maioria dos nossos jogadores de futebol é descendente de africanos. Sem problemas”, ressaltou.

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