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Bolsonaro volta a defender “tratamento precoce” e a criticar vacinas

Presidente admitiu que “kit Covid” não tem comprovação científica contra a Covid, mas que médico deve ter sua liberdade preservada

atualizado

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Bolsonaro no Flow
1 de 1 Bolsonaro no Flow - Foto: Reprodução

Com quase dois anos e meio de pandemia de coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a defender o chamado “tratamento precoce” — conjunto de remédios sem eficácia comprovada cientificamente contra a Covid-19 — e teceu, mais uma vez, críticas às vacinas fabricadas contra a doença, ressaltando a “imunidade” de quem contraiu o vírus.

Durante participação no programa digital “Flow Podcast”, o atual chefe do Executivo federal novamente levantou dúvidas sobre a eficácia da Coronavac, vacina chinesa produzida em parceria com o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo.

“Você pode ver o que aconteceu com a China agora há poucas semanas. Uma crise de Covid na China. Eu te pergunto: a Coronavac de onde é? Não é da China? Eles não tomaram a vacina? Ou se tomara, por que não teve eficácia?”, indagou o presidente.

Em determinado momento, Bolsonaro admitiu que o kit Covid não tem comprovação científica contra a doença, mas ressaltou que a cabe ao médico, na sua liberdade, junto ao paciente, decidir sobre o uso dos medicamentos.

“Pode ser [que não tenha eficácia], mas isso se chama liberdade médica. Autonomia médica, que foi também castrada essa questão. […] Nunca falei que tinha [comprovação científica]. […] Você tem que ter liberdade, meu Deus do céu”, afirmou, reafirmando que não tomou a vacina, mas se submeteu ao tratamento dos remédios que não têm eficácia contra a doença.

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CPI da Covid

Nas últimas semanas, o presidente Jair Bolsonaro voltou a discursar contra vacinas e a favor de medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19. Segundo ele, a comissão virou um “circo”.

A volta da narrativa ocorreu na mesma época em que a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento de sete das dez apurações preliminares sobre o atual titular do Palácio do Planalto, ministros e ex-ministros do governo abertas a partir das conclusões da CPI da Covid-19, que apurou omissões do governo federal durante a crise sanitária.

No relatório final, o colegiado acusou Bolsonaro de ter cometido nove crimes. Ao pedir os arquivamentos, a PGR concluiu não haver indícios das práticas desses crimes.

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