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Bolsonaro tem agenda no Planalto pela 5ª vez desde derrota nas urnas

Derrotado nas eleições presidenciais deste ano, Jair Bolsonaro segue tendo agenda reduzida e fazendo poucas aparições públicas

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
O ex-presidente Jair Bolsonaro
1 de 1 O ex-presidente Jair Bolsonaro - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou o Palácio da Alvorada, sua residência oficial, na manhã desta terça-feira (29/11), para despachar do Palácio do Planalto, sede oficial da Presidência da República.

É a quinta vez que o atual chefe do Executivo federal vai ao Planalto desde que foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais deste ano. Na manhã de hoje, um grupo de bolsonaristas podia ser visto em uma pequena manifestação em frente ao palácio.

A primeira vez que Bolsonaro esteve na sede da Presidência após fracassar na missão de se reeleger foi em 31 de outubro, um dia após o segundo turno. Na ocasião, ele se reuniu com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Em 3 de novembro, o presidente retornou ao local para cumprimentar o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB). O compromisso não foi divulgado oficialmente.

Na semana passada, em 23 de novembro, após 20 dias de reclusão, Bolsonaro foi à sede oficial da Presidência, onde cumpriu um expediente de cinco horas. Na data, ele recebeu Rogério Marinho (PL-RN), senador eleito e ex-ministro do governo.

No dia seguinte, o presidente retornou ao Palácio do Planalto para se reunir com o subchefe para Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral, Renato de Lima França.

Agenda prevista para esta terça

Segundo a agenda oficial, Bolsonaro deve se reunir com o subchefe para Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral, Renato França, na tarde desta terça-feira.

Apesar de não ter sido divulgado, o presidente é esperado em uma cantata de Natal no Palácio da Alvorada. O evento é organizado pelo Pátria Voluntária, coordenado pela primeira-dama Michelle Bolsonaro. Cerca de 60 crianças devem participar do evento.

Fora da agenda, o atual titular do Palácio do Planalto também se reúne com o presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Vieira. Há ainda expectativa de que Bolsonaro encontre o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Se confirmado, o encontro ocorrerá uma semana após o PL entrar com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pedindo a verificação extraordinária do resultado do segundo turno das eleições.

Primeira viagem pós-eleições

No último sábado (26/11), Jair Bolsonaro participou da formatura da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), no Rio de Janeiro. Foi a primeira viagem do chefe do Executivo federal desde a derrota para Lula.

Além de Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos), os ministros da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira; da Secretaria-Geral, Luiz Eduardo Ramos; e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, acompanharam o mandatário na solenidade militar.

Durante determinado momento do evento, familiares dos formandos entoaram gritos de “mito” a Bolsonaro, que apenas ficou observando os simpatizantes. A cerimônia não contou com falas do presidente, que apenas entregou uma espada e uma medalha a um formando.

Bolsonaro teve agenda reduzida

Com a reclusão do mandatário no Palácio da Alvorada, os compromissos oficiais do chefe do Executivo tiveram uma redução de 63%, segundo registros da agenda presidencial.

De 30 de outubro até a 18 de novembro, por exemplo, Bolsonaro teve apenas 27 compromissos como presidente. No mesmo período do ano anterior, a agenda oficial assinalou 74 reuniões e eventos.

Em comparação ao primeiro ano como presidente da República, a redução foi ainda maior. Entre 31 de outubro e 18 de novembro de 2019, Bolsonaro teve 101 compromissos. Em período equivalente no ano seguinte, já com a pandemia de coronavírus, foram contabilizadas 66 agendas oficiais.

Nas últimas semanas, o atual presidente apenas recebeu familiares e aliados próximos, como ministros, parlamentares e assessores, no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência.

O fluxo de apoiadores no local, que costumava ser grande e diário, também foi reduzido nos últimos dias. Desde que perdeu as eleições, Bolsonaro deixou de cumprimentar simpatizantes no “cercadinho” do Alvorada, como era hábito nos últimos anos.

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