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Bolsonaro sobre reforma da Previdência: “Não temos outra alternativa”

Após reunião com o ministro da Economia, presidente voltou a defender a Previdência e disse que “não há alternativas” para o país

atualizado

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Marcos Corrêa/PR
16/04/2019 Audiência com Ministro da Casa Civil, Ministro da Ec
1 de 1 16/04/2019 Audiência com Ministro da Casa Civil, Ministro da Ec - Foto: Marcos Corrêa/PR

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), reuniu-se com Paulo Guedes, na tarde desta segunda-feira (06/05/2019), no Ministério da Economia. Ao lado do chefe do Executivo, Guedes afirmou que a aprovação das reformas econômicas farão o país escapar da “armadilha do baixo crescimento”.

“O mundo, depois de crescer, está em desaceleração. E o Brasil, que era prisioneiro de uma armadilha de baixo crescimento, vai recuperar seu desenvolvimento econômico pelo caminho das reformas”, afirmou o ministro.

Já Bolsonaro voltou a dizer que a economia do país não tem uma alternativa a não ser a reforma da Previdência. Ele ainda chamou a proposta de “primeiro passo para a liberdade econômica”.

“Outra alternativa é imprimir moeda, que vai subir a inflação. Outra é pedir empréstimo, que vai subir os juros. Não temos alternativa”, argumentou Bolsonaro.

O presidente retornou do Rio de Janeiro no começo da tarde. Na capital carioca, Bolsonaro participou, na manhã desta segunda, da celebração dos 130 anos do Colégio Militar do Rio de Janeiro.

Na ocasião, o presidente saiu em defesa do vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB), que é alvo da ira dos seguidores do escritor Olavo de Carvalho. De acordo com Bolsonaro, Mourão é “amigo dos momentos difíceis”.

Resgate
Para o presidente, mesmo com o retrocesso dos cofres públicos, a Previdência pode resgatar de 10 a 15 anos da economia brasileira, além de atrair investimentos externos e descentralizar estados e municípios.

O texto da reforma da proposta que modifica a aposentadoria já foi enviado ao Congresso Nacional e tramita na comissão especial da Câmara dos Deputados. A equipe econômica trabalha também na elaboração de uma reforma tributária.

Militares x olavistas
Na rápida entrevista concedida ao sair do Ministério da Economia, Bolsonaro foi perguntado sobre a “divisão” que existiria, no governo, entre os militares e os chamados olavistas, grupo fiel ao “guru” do presidente, o escritor Olavo de Carvalho. O ministro da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto Santos Cruz, é o mais recente alvo do escritor, que, em suas redes sociais, escreveu que o militar “simplesmente não presta”.

“Não existe grupo de militares nem grupo de Olavos aqui. Tudo é um time só”, rebateu o presidente. Perguntado se não via o ministro Santos Cruz “sofrer”, Bolsonaro respondeu: “Estamos em uma guerra. Eles, melhores do que vocês, estão preparados para uma guerra”.

O presidente buscou minimizar a crise: “De acordo com a origem do problema, a melhor resposta é ficar quieto. Temos coisas muito mais importantes para discutir no Brasil. Aqueles que porventura não têm tato político estão pagando o preço junto à mídia”, ressaltou.

Crescimento sustentável
Depois de o mercado reduzir a estimativa de crescimento da economia para este ano, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse, ao lado do presidente Bolsonaro, que o Brasil voltará a crescer a partir de julho.

“Assim que forem aprovadas as reformas, o Brasil retomará o seu caminho de crescimento sustentável. Não há novidade nenhuma nessa desaceleração econômica. O Brasil está prisioneiro de uma armadilha de baixo crescimento e nós vamos escapar com as reformas”, afirmou. “O Brasil de julho em diante está crescendo de novo”, encerrou.

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