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Bolsonaro sobre observadores internacionais: “Vão observar o quê?”

Nesta semana, presidente do TSE, Edson Fachin, anunciou que Corte deve trazer ao Brasil mais de 100 observadores para acompanhar eleições

atualizado

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou, nesta quinta-feira (19/5), a declaração do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, que disse que a Corte pretende trazer ao Brasil mais de cem observadores internacionais para acompanhar as eleições de 2022.

“Pode botar um milhão de observadores. Eles vão observar o quê? O que vão observar? Eles vão ter acesso ao código fonte? Eles vão estar na sala secreta para ver como é a apuração? Qual o conhecimento eles têm de informática?”, indagou o chefe do Executivo federal durante sua transmissão ao vivo nas redes sociais.

O anúncio de Fachin foi feito na terça-feira (17/5). O ministro adiantou algumas entidades que irão monitorar o pleito de outubro. Na lista, estão a Organização dos Estados Americanos (OEA), o Parlamento do Mercosul, a Rede Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a União Interamericana de Organismos Eleitorais (Uniore), o Centro Carter, a Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais (Ifes) e a Rede Mundial de Justiça Eleitoral.

O ministro Fachin afirmou que será criada uma rede para que observadores da União Europeia também acompanhem a votação. Uma carta convite foi enviada em março para o bloco.

Na live, Bolsonaro voltou a bater na tecla de que é necessário discutir a segurança nas urnas eletrônicas e ironizou: “Discutir a urna é um crime. É um ato que está atentando contra o Estado Democrático de Direito, atentando contra a democracia. É golpista”.

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Itamaraty acionado

O presidente Jair Bolsonaro pressionou o Palácio do Itamaraty para evitar o convite, alegando que não deveria haver participantes de entidades aos quais o Brasil não é vinculado.

Sem apresentar provas, o chefe do Executivo federal vem fazendo ataques ao sistema eleitoral brasileiro e às urnas eletrônicas. Ele costuma dizer que o TSE tem uma “sala secreta”. A Justiça Eleitoral já afirmou que não existe “sala secreta”.

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