metropoles.com

Bolsonaro sobre diesel: “Pior do que inflação é o desabastecimento”

De acordo com representantes do setor ouvidos pelo Metrópoles, há risco de escassez de diesel no Brasil a partir de junho

atualizado

Compartilhar notícia

Rafaela Felicciano/Metrópoles
Jair Messias Bolsonaro
1 de 1 Jair Messias Bolsonaro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta quinta-feira (26/5), que o governo trabalha para não haver desabastecimento de diesel no país. Segundo o mandatário, “pior do que inflação é o desabastecimento”.

Na segunda-feira (23/5), o governo anunciou nova troca na presidência da Petrobras – 38 dias depois da última. O diesel atingiu o maior valor da série histórica iniciada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em 2004.

Um dos motivos para a mudança na direção da estatal é a recusa de segurar o preço do combustível, que chegou a R$ 6,943 entre 15 e 21 de maio. No último dia 10, o óleo diesel teve aumento de 8,87%. Mesmo assim, ainda há reajustes represados, e o valor do produto não se equipara ao custo registrado no mercado externo.

“Nós trabalhamos para não haver desabastecimento. Pior do que inflação é o desabastecimento. […] A gente quer uma alternativa, sem interferência, de modo que não tenha desabastecimento, que não mexa no dólar, que respeite contratos”, disse o presidente em conversa com a imprensa.

De acordo com representantes do setor ouvidos pelo Metrópoles, há risco de escassez de diesel no Brasil. Especialistas preveem que haverá desabastecimento caso não haja sinais de que o preço de mercado será mantido. A crise, inclusive, aconteceria durante o momento de maior exportação de grãos, entre junho e julho, o que poderia agravar a dimensão dos problemas que se avizinham.

0

ICMS sobre combustíveis

Na noite de quarta-feira (25/5), a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que limita a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A proposta seguiu para análise do Senado.

Segundo o texto, produtos como energia elétrica, combustíveis, comunicações e transportes coletivos passam a ser classificados como essenciais e indispensáveis, o que proíbe estados de cobrarem taxa superior à alíquota geral de ICMS, que varia entre 17% e 18%.

O projeto prevê um regime de compensação, pela União, aos entes que precisarem refinanciar dívidas e aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), em razão da perda de arrecadação por causa da redução do ICMS. Durante conversa com a imprensa, Bolsonaro criticou a compensação federal à perda de estados.

“Agora eu vejo que emendaram [o projeto] para o governo federal compensar possíveis perdas. Daí não tem cabimento. Criaram um subsídio federal para o governo pagar em cima dos combustíveis”, avaliou o mandatário.

“Se for aprovado no Senado, eu vou ver qual a opinião da Economia para sancionar ou vetar. Se bem que, eu vetando, não quer dizer que está resolvido o assunto. O veto pode ser derrubado”, acrescentou.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?