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Bolsonaro sobre a guerra: “Continuamos numa posição de equilíbrio”

Presidente tem evitado criticar a Rússia pela invasão à Ucrânia. Ele ainda ressalta que o Brasil não tem capacidade para resolver o conflito

atualizado

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Alan Santos/PR
Jair Bolsonaro e Vladimir Putin
1 de 1 Jair Bolsonaro e Vladimir Putin - Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro (PL) mantém o posicionamento de não fazer críticas abertas à guerra entre a Rússia e a Ucrânia e voltou a dizer, nesta quinta-feira (3/3), que o Brasil continua tendo uma “posição de equilíbrio” em relação ao conflito. Os ataques russos aos ucranianos entraram no oitavo dia, numa ofensiva militar que já é considerada a maior registrada na Europa desde o final da Segunda Guerra Mundial.

“Muita gente questiona que o presidente precisa ter uma posição mais firme de um lado ou de outro. O Brasil continua numa posição de equilíbrio. Nós temos negócios com os dois países. Não temos a capacidade de resolver esse assunto. Então o equilíbrio é a posição mais sensata por parte do governo federal”, ressaltou o presidente.

“Nós torcemos — e o que for possível, nós faremos — pela paz. A guerra não vai produzir efeitos benefícios para nenhum dos dois países, muito menos para o mundo. Qualquer conflito, nós estamos vendo, as consequências estão aí”, afirmou Bolsonaro, durante transmissão ao vivo nas redes sociais.

Desde o início do conflito no Leste Europeu, o presidente tem sido pressionado para condenar a invasão de tropas russas ao território ucraniano. Quando se manifesta sobre o assunto, Bolsonaro não cita a Rússia de forma direta e diz que a posição do Brasil é “clara” e tem sido transmitida por meio dos “canais adequados”, como o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

No telefone com Boris Johnson

Nesta quinta, o governo britânico informou que o primeiro-ministro Boris Johnson conversou com Bolsonaro por telefone. Durante a ligação, os dois chefes de Estado concordaram em pedir um “cessar-fogo urgente” na Ucrânia e disseram que a paz deve prevalecer na região.

Na ligação, o primeiro-ministro britânico ainda disse a Bolsonaro que o Brasil foi um “aliado vital” na Segunda Guerra Mundial e que o país tem um papel crucial para a solução no Leste Europeu.

 

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Na semana passada, durante a reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) o Brasil condenou a invasão da Rússia à Ucrânia.

“O Conselho de Segurança precisa agir rapidamente contra o uso da força. Precisamos criar as condições de diálogo. Temos que terminar esse conflito”, defendeu o embaixador do Brasil na ONU, Ronaldo Costa Silva.

Costa Silva disse que o Brasil apoia a busca do “equilíbrio” e chamou de “inaceitável” a invasão do território ucraniano.

“Mantemos nossa convicção que ameaças e força não vão levar a um acordo. A ação militar vai minar a fé na lei internacional e colocar a vida de milhares de pessoas em risco. É nosso dever perseguir a imediata suspensão das hostilidades. Renovamos nosso apelo para total fim das hostilidades para a retomada das negociações diplomáticas”, pontuou o embaixador.

Conflito entre Rússia e Ucrânia

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existem desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).

Com autorização do presidente Vladimir Putin, tropas russas iniciaram, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ampla operação militar para invadir a Ucrânia. Em pronunciamento, ele fez ameaças e disse que quem tentar interferir no conflito sofrerá consequências nunca vistas na história.

Delegações dos dois países se reuniram em duas oportunidades nesta semana, em uma tentativa de negociar um cessar-fogo e a retirada das tropas russas do território ucraniano, mas ainda não há sinal de que o conflito seja interrompido. Nesta quinta, no entanto, Rússia e Ucrânia concordaram em criar rotas de fuga, chamadas de “corredores verdes” (ou “corredores humanitários”).

Mapa regiões atacadas Ucrânia

 

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