O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se reúne com deputados do PSL na manhã desta quarta-feira (27/1), no Palácio da Alvorada. O encontro, que não estava previsto na agenda oficial, foi registrado pelas redes sociais da deputada Bia Kicis (PSL-DF).
Em um vídeo na saída do encontro, divulgado por um canal simpático ao presidente, Bolsonaro falou na intenção de “participar e influir” na presidência da Câmara.
“Viemos fazer uma reunião aí com 30 parlamentares do PSL. Vamos, se Deus quiser, participar e influir na presidência da Câmara com esses parlamentares, de modo que possamos ter um relacionamento pacífico e produtivo para o nosso Brasil”, disse ele.
Nas imagens, é possível identificar a presença do filho do presidente Eduardo Bolsonaro (SP) e do ex-líder do governo na Câmara, Vitor Hugo (GO), além do ministro da Secretaria de Governo da Presidência, Luiz Eduardo Ramos.
Segundo a deputada Bia Kicis, o encontro trata do futuro da política na Câmara. A eleição para a presidência das duas Casas está marcada para o começo da próxima semana.
Café da manha do PSL/Aliança com nosso Presidente @jairbolsonaro , @MinLuizRamos sobre o futuro da política na Câmara dos deputados e nosso apoio a @ArthurLira_ p/ enterrar a ditadura instaurada por @RodrigoMaia pic.twitter.com/Qj4kVVJC3P
— Bia Kicis (@Biakicis) January 27, 2021

Café da manhã do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com deputados do PSL.Reprodução/Twitter

Café da manhã do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com deputados do PSL.Reprodução/Twitter
Disputa na Câmara
Inicialmente, o PSL integrava o bloco do candidato Baleia Rossi (MDB-SP), postulante apoiado por Rodrigo Maia (DEM-RJ). No entanto, 36 deputados da sigla declararam apoio a Arthur Lira (PP-AL), candidato do Palácio do Planalto, e o partido migrou para o bloco.
Apesar de a cúpula do PSL ter preferência por Baleia Rossi, a mudança foi oficializada pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados na última quinta-feira (21/1).
O bloco de Lira conta, agora, com o apoio de PP, PSL, PL, PSD, Republicanos, Pros, Patriota, PSC, PTB e Avante — 249 parlamentares. O Podemos, com 10, apesar de não ter oficializado, deve seguir com ele, totalizando 259 deputados.
Rossi, que é apoiado pelo presidente da Câmara e pela oposição, contabiliza o apoio de 12 partidos — PT, MDB, PSB, PSDB, DEM, PDT, Solidariedade Cidadania, PV, PCdoB e Rede —, que somam 242 parlamentares.
Para que seja eleito, o candidato precisa obter 257 votos. Se nenhum alcançar esse número no primeiro turno, a disputa vai para uma segunda votação com os dois mais votados. O voto é secreto e quem for eleito vai comandar a Câmara pelos próximos dois anos.