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Bolsonaro insiste que não citou a PF em reunião: “Ramos se equivocou”

O vídeo do encontro entre o presidente e ministros foi citado por Moro em depoimento que acusa Bolsonaro de interferência na corporação

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Jair Bolsonaro
1 de 1 Jair Bolsonaro - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quarta-feira (13/05) que o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, se equivocou no depoimento ao dizer que Bolsonaro havia mencionado a Polícia Federal (PF) em reunião ministerial.

O presidente voltou a dizer que não falou da PF ou da superintendência do Rio de Janeiro no encontro. O ministro Ramos, no entanto, confirmou em depoimento que ouviu Bolsonaro mencionar a corporação.

“O Ramos se equivocou. Mas como é reunião, eu tenho o vídeo. O Ramos, se ele falou isso, se equivocou”, afirmou.

A reunião foi citada pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro em inquérito que investiga uma suposta interferência do presidente na PF.

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As imagens foram entregues à Justiça e, nessa terça-feira (12/05), Moro, os advogados e representantes da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Advocacia-Geral da União (AGU) assistiram ao vídeo.

Bolsonaro disse que, por ele, libera o vídeo da reunião citada pelo ex-ministro Sergio Moro que comprovaria as tentativas de interferência na Polícia Federal. O presidente, entretanto, impôs uma série de assuntos tratados no encontro que defende a manutenção de sigilo.

“Tudo que trata do inquérito, da minha parte, tá liberado, não tem sigilo de nada. O que acontece? Não quando trata de outros assuntos: comerciais ou questões pessoais”, condicionou o chefe do Executivo.

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, também afirmou em depoimento que Bolsonaro citou a PF na reunião.

Entenda
Após o pedido de demissão de Sergio Moro, o ex-juiz da Lava Jato afirmou que o presidente Jair Bolsonaro queria interferir na PF, colocando no comando “alguém do contato pessoal dele, para colher informações de investigações”. O caso foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF), depois que a PGR pediu a abertura de investigações.

No depoimento à polícia, Moro citou uma reunião ministerial, na qual, segundo ele, Bolsonaro deixava clara a intenção de novos planos para a PF do Rio.

“Não vou esperar foder alguém da minha família. Troco todo mundo da segurança. Troco o chefe, troco o ministro”, teria dito Bolsonaro ao então ministro da Justiça.

O vídeo foi entregue às autoridades e, na sequência, foram colhidos depoimentos de representantes do governo que participaram da reunião.

Em relação à gravação, os próprios ministros confirmaram que o chefe do Executivo pressionou por mudanças na PF. Agora, Moro, Bolsonaro e a PGR têm 48 horas para se manifestar sobre a quebra de sigilo ou não do vídeo.

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