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Bolsonaro impõe condição para entrevistas: “Matéria real” sobre ONU

Presidente se mostrou irritado com a imprensa e as repercussões internacionais do discurso feito por ele em Nova York

atualizado

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Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
Jair Bolsonaro
1 de 1 Jair Bolsonaro - Foto: Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) lançou mais uma condição aos jornalistas para voltar a conceder entrevistas na porta do Palácio da Alvorada, como tem feito há alguns meses. Nesta segunda-feira (30/09/2019), o chefe do Executivo indicou que só voltará a conversar com a imprensa após a publicação do que chamou de “matéria real” sobre a participação dele na abertura da 74ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na semana passada.

“Imprensa, gosto muito de vocês. Mas tudo é deturpado. Quando fizerem uma matéria real do que aconteceu lá na ONU, eu dou entrevista”, disse o mandatário do país ao sair da residência oficial e se encontrar com admiradores.

Bolsonaro não gostou das matérias que repercutiram o discurso que ele fez em Nova York diante de líderes mundiais. No mesmo dia, reclamou de terem taxado a fala dele como agressiva e com críticas diretas ou veladas a outros países e à liderança indígena Cacique Raoni, com ataque a ONGs e elogios ao período ditatorial.

Não é a primeira vez que o presidente da República tenta impor condições para as entrevistas. Em julho, ficou alguns dias sem conversar com a imprensa para pressionar a publicação de matérias que tratavam de palestras de jornalistas contratadas pelo Senac do Rio de Janeiro.

Nesta segunda-feira, ao cumprimentar turistas e admiradores, Bolsonaro reclamou da atuação da imprensa. “Não é fácil, mas a gente sabe das dificuldades, dos problemas, do aparelhamento do Estado, da dívida externa monstruosa. Da oposição de grande parte da mídia, que só tem olhos para um lado. Nem falo, e lá vem matéria. Daí, quando a mentira é muito, eles falam que eu recuei. Não podia continuar como estava”, comentou.

O titular do Palácio do Planalto ainda fez referência a Fernando Haddad, adversário na campanha do ano passado, sem deixar claro o que pensa sobre o tratamento a ser dado ao petista, caso fosse eleito para o cargo. “Imagina se aquele outro cara tivesse ganho. Sem comentários, né?”, insinuou.

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