Bolsonaro diz ter “preocupação” com o que acontece no Butantan
Presidente defendeu investigação do TCU no contrato de fornecimento de vacinas e afirmou que a população não quer tomar Coronavac
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) levantou suspeita sobre o fornecimento da vacina Coronavac contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. As doses são produzidas pelo Instituto Butantan, ligado do governo de São Paulo.
Nesta quinta-feira (22/7), em entrevista ao grupo Banda B, parceiro do Metrópoles no Paraná, o chefe do Palácio do Planalto afirmou que o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério da Saúde darão respostas sobre o contrato nos próximos dias.
“A Coronavac não deu certo no Chile. Aqui no Brasil, em São Paulo. A resposta num primeiro momento é investigar o oferecimento da Coronavac”, destacou.
Ao todo, o Ministério da Saúde já distribuiu 164,1 milhões de doses da vacina. As secretarias de Saúde já aplicaram 126,6 milhões, entre primeira, segunda e dose única.
Nesse contexto, a Coronavac é a segunda vacina mais usada no país. Somente ela representa 38,8% das doses aplicadas, atrás somente da AstraZeneca, com 47,1%.
“Em poucos dias, acreditamos que o TCU possa nos dar resposta sobre contrato. Deixo bem claro: não estou acusando de corrupção, de desvio de nada, apesar de ter uma preocupação sobre o que acontece no Butantan”, salientou.
“Vacina voluntária”
O presidente comentou sobre a resistência de parte da população em tomar a vacina. A recusa é condenada por médicos e coloca a campanha em risco.
“Não adianta oferecer se a população não quer tomar. A vacina é algo sério. Acreditamos que tem que ser voluntaria”, resumiu.
Assista ao vídeo da entrevista: