O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse durante a reunião da cúpula de líderes dos países que integram o Brics (Brasil, Rússia, Índia China e África do Sul), nesta terça-feira (17/11), que a Polícia Federal desenvolveu tecnologia para identificar a origem brasileira da madeira exportada ilegalmente para o exterior e que vai divulgar a lista desses países.
O chefe de Estado brasileiro foi o último a falar. No discurso, Bolsonaro mencionou suposto comprometimento ao controle de emissões de carbono e classificou problemas na Amazônia como “assunto muito particular do Brasil”.
“A nossa Polícia Federal desenvolveu agora a utilização de isótopo estável, tipo DNA para permitir a localização da origem da madeira apreendida e exportada. Revelaremos nos próximos dias os nomes dos países que importam essa madeira ilegal nossa, por meio da imensidão que é a região amazônica. E daí, sim, estaremos mostrando que esses países, alguns deles que muitos nos criticam, em parte têm responsabilidade nesta questão”, criticou.
Esta é a terceira vez que Bolsonaro menciona o fato de “países que o criticam” serem destinatários de madeira de desmatamento na Amazônia. Em nenhuma das ocasiões, ele mencionou nomes, mas chegou a dizer que “países que nos criticam são, na verdade, receptadores”.
Em janeiro de 2018, Ibama e Ministério Público Federal (MPF) deflagraram uma operação nos portos de Manaus. O objetivo era interromper o transporte clandestino de madeira extraída da Amazônia para os Estados Unidos e Europa.

Ministros assistem ao discurso do presidente Jair Bolsonaro na ONU em 2020Marcos Corrêa/PR

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