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Bolsonaro diz que vai discutir uso obrigatório de máscara com Queiroga

O presidente afirmou que quer “dar uma solução para o caso” e defende fim do uso obrigatório do equipamento de proteção

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Ex-presidente Jair Bolsonaro e o ministro Marcelo Queiroga durante evento de Assinatura do contrato de transferência de tecnologia da AstraZeneca para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Brasília
1 de 1 Ex-presidente Jair Bolsonaro e o ministro Marcelo Queiroga durante evento de Assinatura do contrato de transferência de tecnologia da AstraZeneca para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Brasília - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Em entrevista à rádio Regional FM 91.5Mhz, na manhã desta segunda-feira (23/8), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a falar que quer o fim do uso obrigatório de máscaras de proteção contra a Covid-19, principalmente devido ao estágio de vacinação contra o vírus no país e dada a quantidade de pessoas que já se contaminaram, que segundo ele, “estão imunizadas”. A ciência, no entanto, já afirmou que quem se contaminou uma vez pode pegar a doença novamente.

“Alguns países do mundo já liberaram geral. Eu pedi um estudo para o nosso Ministério da Saúde, hoje vou me reunir com o ministro Queiroga para darmos uma solução pra esse caso. A ideia é a seguinte, pela quantidade de vacinados e pelo número de pessoas que já contraíram o vírus[…] Nós tornamos facultativo e orientamos que o uso da máscara não seja mais obrigatório, essa é a nossa ideia, que talvez tenha uma data, a partir de hoje para essa recomendação”, disse o presidente.

Em junho, durante solenidade no Palácio do Planalto, o mandatário disse que faria um parecer desobrigando o uso de máscara por pessoas que já tiveram Covid-19 e por vacinados. O presidente da República, contudo, não havia detalhado na época como se daria essa “liberação”, uma vez que não há norma federal obrigando o uso de máscaras pela população, mas sim decretos estaduais, municipais ou distritais.

O presidente ainda criticou as diretrizes impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para a gestão da pandemia. “O Supremo Tribunal Federal simplesmente deu poderes a governadores e prefeitos para ignorar o governo federal. Não basta apenas a gente orientar pra ser”, salientou.

Apesar da afirmação de que se reunirá com o ministro da Saúde nesta segunda-feira (23/8) para tratar do assunto, Marcelo Queiroga estará com agenda em São Paulo até o fim do dia.

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