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Bolsonaro diz que não colocará “tropa na rua sem retaguarda jurídica”

Conforme o decreto em vigor, a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro deverá se encerrar em dezembro

atualizado

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Jair Bolsonaro
1 de 1 Jair Bolsonaro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse nesta quinta-feira (29/11) que não pretende colocar o Exército para combater criminosos se houver risco de punição a militares que atirarem contra bandidos. A declaração foi feita em um quiosque na orla da praia na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, próximo à entrada do condomínio onde ele mora, com a mulher e a filha caçula.

Bolsonaro voltava de um evento na Vila Militar, mas parou para tomar uma água de coco e foi questionado por jornalistas sobre o futuro da intervenção federal na segurança pública do estado fluminense. “Não é possível você pegar um garoto de 20 anos de idade, servindo as Forças Armadas, engajado, e, havendo um confronto, você submetê-lo a uma auditoria militar para pegar 30 anos de cadeia. Isso é inadmissível”, disse.

Conforme o decreto em vigor, a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro deverá se encerrar em dezembro. Uma eventual prorrogação dependeria de um novo decreto a ser assinado por Bolsonaro após sua posse.

Nessa quarta (28), o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) disse que a intervenção no Rio não continuará em 2019. Ele afirmou preferir recorrer a operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), quando as Forças Armadas são acionadas pelo presidente para manter a segurança pública no território nacional.

“Não colocarei minha tropa na rua sem retaguarda jurídica. Não quero visitar soldado humilde, com 20 anos de idade, na cadeia por ter atirado em um bandido. E isso passa pelo Parlamento brasileiro”, disse Jair Bolsonaro.

O presidente eleito afirmou ainda que policiais civis e militares estão correndo risco de vida. “Estamos enfrentando bandidos fortemente armados. Temos que ter retaguarda jurídica, porque o policial civil e militar tem família, tem responsabilidades”, ressaltou. “Ao raciocinar se vai atirar ou não no bandido, há um lapso de tempo que pode significar a vida dele [policial] ou 30 anos de cadeia. Não queremos mais isso. Bandido armado na rua, [o policial] pode atirar, e a responsabilidade é do presidente da República”, acrescentou.

Bolsonaro também confirmou que estará em São Paulo no domingo (2) para assistir a partida entre Palmeiras e Vitória pela última rodada do campeonato brasileiro. Ele recebeu um convite da diretoria do clube paulista. “O Palmeiras já é campeão e o Vitória está rebaixado. Então é um jogo de compadres”, concluiu.

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