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Bolsonaro diz que Covid não fez Brasil “sofrer tanto” na economia

O presidente costuma atribuir a culpa pela alta na inflação aos governadores, que, segundo ele, impuseram a política do “fica em casa”

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Presidente Jair Bolsonaro rindo; Ao fundo, escudo redondo azul-celeste, símbolo da república
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro rindo; Ao fundo, escudo redondo azul-celeste, símbolo da república - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, na manhã desta sexta-feira (8/10), que a economia do Brasil foi a que menos sofreu, em relação aos outros países, em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

“Um dos países que menos sofreu na economia, com a pandemia, fomos nós. Inglaterra aumentou 300% o gás e, na Europa, a média foi 200%. Os alimentos estão em falta lá, não apenas a inflação. Pessoal reclama daqui, mas aqui estamos pagando a política do ‘fica em casa e a economia a gente vê depois’. Eu falei que não podia fazer isso, tá recuperando”, afirmou o mandatário.

O momento foi gravado e divulgado por um canal simpatizante do governo.

O presidente é critico ferrenho das medidas que os gestores estaduais adotaram contra a Covid-19, principalmente o isolamento social, que foi aplicado no momento mais letal da pandemia de Covid-19 no país.

Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (8/10), mostram que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 1,16% em setembro, acumulando altas de 6,9% no ano e de 10,25% nos últimos 12 meses. Em comparação, o aumento no IPCA em setembro de 2020 foi de 0,64%.

Entre os itens que mais subiram, consta a habitação. No mês passado, passou a valer a bandeira tarifária “escassez hídrica”, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos. No mês anterior, vigorou a bandeira vermelha patamar 2, em que o acréscimo é menor, de R$ 9,49.

Os cálculos são feitos com base em preços coletados entre 28 de agosto e 28 de setembro de 2021, em comparação com os valores vigentes no período de 29 de julho a 27 de agosto de 2021.

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