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Bolsonaro critica “ameaças de prisão” do filho Carlos “por fake news”

“Vai prender o filho do presidente por fake news? É grave? É. Como é grave prender qualquer brasileiro”, reclamou o presidente

atualizado

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Alan Santos/Presidência da República
Vereador do Rio Carlos Bolsonaro acompanhou o pai, Jair Bolsonaro, na viagem à Rússia. Eles estão sentado numa mesa com outras pessoas, ambos de terno, sem máscara e com expressão séria - Metrópoles
1 de 1 Vereador do Rio Carlos Bolsonaro acompanhou o pai, Jair Bolsonaro, na viagem à Rússia. Eles estão sentado numa mesa com outras pessoas, ambos de terno, sem máscara e com expressão séria - Metrópoles - Foto: Alan Santos/Presidência da República

O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou, nesta quarta-feira (27/4), supostas “ameaças de prisão por fake news” que teriam sido endereçadas ao vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), o filho 02 do chefe do Executivo federal.

Durante evento com parlamentares, chamado de “ato cívico pela liberdade de expressão”, o presidente assegurou que foi informado, por mais de uma vez, acerca de tentativas de prisão do vereador carioca.

Em sua fala, Bolsonaro defendeu o que chama de liberdade de expressão. O deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) estava entre os presentes. Ele foi acusado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de estímulo a atos antidemocráticos e ataques a ministros do tribunal e instituições, como o próprio STF. O parlamentar foi condenado a 8 anos e 9 meses de prisão em regime fechado. Também ficou estabelecida a perda do mandato e dos direitos políticos de Silveira e multa de R$ 200 mil.

“Eu duvido que eu não seja a pessoa mais atacada e mais caluniada há anos. Isso é liberdade. E seu eu me sentir ofendido, eu vou à Justiça requerer o quê? Danos morais. Jamais prisão”, afirmou Bolsonaro.

“O cerceamento da liberdade de expressão, o cerceamento das redes sociais não atinge somente a mim, por que quem foi meu marketeiro? Foi o Carlos Bolsonaro. Por várias vezes chegou para mim informes de ameaças de prisão por fake news”, acrescentou.

Segundo o presidente, uma eventual prisão do vereador seria “grave”, mas “mais grave ainda é prender um parlamentar”.

“Vai prender o filho do presidente por fake news? É grave? É. Como é grave prender qualquer um brasileiro. Mais grave ainda é prender um parlamentar, que tem liberdade para defender o que ele bem entender. Isso é liberdade”, declarou.

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Ato pela liberdade de expressão

O evento, que durou cerca de 2 horas, foi solicitado pela Frente Parlamentar Evangélica e pela Frente Parlamentar da Segurança Pública. O encontro ocorre uma semana depois de Bolsonaro conceder perdão de pena a Silveira, por meio de decreto de indulto individual.

Durante a cerimônia, 22 deputados e o senador Zequinha Marinho (PL-PA) defenderam Daniel Silveira e o decreto de Bolsonaro. Alguns parlamentares sugeriram colocar em pauta no Congresso a “reforma do Judiciário”.

Segundo o presidente, parlamentares têm direito a falar e se manifestar como quiserem. “O decreto é constitucional e será cumprido. No passado, se anistiavam bandidos. Agora, anistiamos inocentes, mesmo levando em contas as palavras que ele [Daniel Silveira] proferiu”, declarou.

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