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Análise: Flávio comanda uma fantástica loja de chocolates

Ministério Público investiga o mirabolante fluxo financeiro do estabelecimento comercial do filho do presidente da República

atualizado

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Foto: Igo Estrela/Metrópoles
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1 de 1 Anuncio de Negociação para transferir o Formula 1 para o Rio de Janeiro. Brasília(DF), 24/06/2019 - Foto: Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Coisas inacreditáveis aconteceram na loja de chocolates do senador Flávio Bolsonaro (sem partido). O estabelecimento montado, a princípio, para vender guloseimas virou uma lucrativa fábrica de dinheiro.

O Ministério Público suspeita de lavagem de recursos ilegais desviados do gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A grana entrava na loja em forma de depósitos e, magicamente, transformava-se em lucros fictícios para o “Zero Um”.

Sabe-se há mais de um ano que Fabrício Queiroz, assessor do então deputado estadual, fazia movimentações financeiras atípicas nas contas bancárias. Pelo menos parte dos recursos, apontam as investigações, tinha como origem a “rachadinha” dos salários dos funcionários do gabinete.

Se o dinheiro, depois de branqueado na loja, teve como destino o bolso de Flávio, agora senador, deve-se concluir que houve apropriação indevida de dinheiro público. Qualquer outra explicação, pelo menos por enquanto, habita o reino da fantasia.

No mundo encantado de Flávio, Queiroz desempenha o papel de ilusionista. Mesmo desaparecido – isso é realmente incrível! –, exibe truques para confundir parte da plateia, que se mostra sempre crédula em suas invencionices.

O ex-PM sumiu de cena exatamente quando o público soube que ele existia. Por todas as circunstâncias, esse é um personagem atípico – como o fluxo financeiro de suas contas.

Da cartola de Queiroz, o dinheiro voa para o elenco em torno da família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Neste filme, mesmo que não queira, o chefe do Executivo tem participação especial. Até a primeira-dama do país, Michelle Bolsonaro, recebeu um brinde de R$ 24 mil da bilheteria controlada pelo ex-assessor de Flávio.

Cabe, agora, ao Ministério Público separar ficção de realidade neste enredo inverossímil. Por enquanto, a loja de chocolates parece mais uma produtora de efeitos especiais.

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