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Além de CPI do MEC, outras três comissões esperam por aval de Pacheco

A “fila de requerimentos” na Casa mantém o otimismo dos governistas com a possibilidade da não instalação da CPI do MEC já neste ano

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Rodrigo Pacheco  presidente Senado Goiás
1 de 1 Rodrigo Pacheco presidente Senado Goiás - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Antes de decidir se instala ou não a CPI do MEC, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), terá que analisar outros três requerimentos já protocolados junto à Secretaria-Geral da Mesa Diretora e que ainda aguardavam a deliberação do senador até esta terça-feira (28/6).

É justamente em razão da “fila de requerimentos” que os governistas demonstram otimismo com a possibilidade da não instalação do colegiado já neste ano.

Caso decida cumprir a ordem cronológica dos requerimentos, a primeira CPI que deverá ser instalada é a do senador Plínio Valério (PSDB-AM). Autointitulada CPI das ONGs, a comissão parlamentar articulada pelo tucano quer investigar repasses dos governos petistas a organizações não governamentais.

O colegiado aguarda desde 2019 para ser aberto e já recebeu 31 assinaturas em apoio à sua instalação. Seu requerimento, inclusive, já foi lido em plenário e, até o presente momento, aguardava a indicação de membros titulares e suplentes pelas respectivas bancadas da Casa.

Na sequência, está a CPI do Narcotráfico e Crime Organizado. Proposta pelo senador Eduardo Girão (Podemos-CE), o pedido de abertura do colegiado foi apresentado em 8 de abril deste ano. Esta, por sua vez, busca apurar a relação entre a ampliação dos índices de homicídios de jovens e adolescentes, no território nacional, entre os anos de 2016 a 2020, com a atividade do narcotráfico.

Ele fundamenta o pedido de CPI na expansão das rotas e do comercio de drogas no território brasileiro e a consequente disputa entre facções pelo controle deste mercado.

Segundo o senador, também são objetivos da CPI: levantar dados acerca da expansão da atuação de organizações criminosas no narcotráfico nos últimos anos nas regiões Norte e Nordeste; e reunir informações sobre a estrutura e funcionamento destes grupos criminosos dentro e fora dos estabelecimentos prisionais do país.

Por fim, outro requerimento que aguarda tramitação do presidente do Senado diz respeito à CPI destinada a investigar supostas irregularidades e crimes na condução de obras financiadas pelo Ministério da Educação (MEC) nos governos do PT. Esta foi criada pela base governista da Casa, em resposta à oposição, que na ocasião tentava tirar a CPI do MEC do papel. Seu requerimento foi protocolado em 12 de abril deste ano e aguarda desde então pelo aval de Pacheco.

CPI do MEC

Articulada pelo líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a CPI do MEC se propõe a apurar suposto esquema de corrupção no Ministério da Educação, durante a gestão do pastor Milton Ribeiro, que chegou a ser preso pela Polícia Federal na semana passada, alvo da Operação Acesso Pago.

Outro objetivo paralelo da CPI será identificar o envolvimento do presidente Jair Bolsonaro (PL) no esquema que envolveria liberação de verbas da pasta para pastores aliados do chefe do Executivo nacional e do próprio ministro.

Além disso, a CPI se dedicará a investigar a possível interferência de Bolsonaro, que é suspeito de ter avisado Milton, anteriormente, sobre o trabalho de busca e apreensão realizado pela operação.

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