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“Abstinência sexual” é aposta do governo contra gravidez precoce

O ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos e o da Saúde, ao longo do ano, realizaram seminários em defesa da medida

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Brasília (DF), 14/02/2019 Jantar beneficente em apoio aos imigrantes venezuelanosLocal: Villa Rizza – SCES Trecho 2, conjunto 3 Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
1 de 1 Brasília (DF), 14/02/2019 Jantar beneficente em apoio aos imigrantes venezuelanosLocal: Villa Rizza – SCES Trecho 2, conjunto 3 Foto: Hugo Barreto/Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Ao longo do ano, o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) realizou seminários a respeito do combate à gravidez precoce. No entanto, em contrapartida aos estudiosos do assunto, o ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos e o da Saúde apostam em uma medida polêmica contra a gestação indesejada: a abstinência sexual. A informação é do jornal O Globo.

As pastas defendem que sejam adotadas novas políticas que estimulem os jovens a deixarem de fazer sexo. Em dezembro, por exemplo, o MDH promoveu um evento na Câmara dos Deputados que contou apenas com a presença de defensores da abstinência — na maior parte pessoas religiosas — para falar sobre o tema.

Segundo o ministério comandado por Damares Alves, foram usados como referência “estudos científicos e a normalização da espera como alternativa para iniciação da vida sexual em idade apropriada, considerando as vantagens psicológicas, emocionais, físicas, sociais e econômicas envolvidas, sem que isso implique críticas aos demais métodos de prevenção”.

Em nota, a pasta nega a promoção da abstinência como política de governo: “A ideia é garantir o empoderamento de meninas e meninos sobre o planejamento de vida e a consequência de suas escolhas”, afirmou o MDH.

“A ideia de promover a preservação sexual está sendo considerada como estratégia para redução da gravidez na adolescência por ser o único método 100% eficaz e em razão de sua abordagem não ter sido implementada pelos governos anteriores”, diz a manifestação da pasta.

O MDH acrescenta, ainda, que “a prevenção do risco sexual já é política em outros países com resultados exitosos em diversos indicadores sociais”.

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