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Roberto Castello Branco: “Competição é antídoto contra corrupção”

Novo presidente da Petrobrás defende fim do monopólio e foco na produção de petróleo. Privatização total não está em discussão

atualizado

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Marcos de Paula/AGENCIA ESTADO
Paulo Castelo Branco
1 de 1 Paulo Castelo Branco - Foto: Marcos de Paula/AGENCIA ESTADO

O economista Roberto Castello Branco, anunciado nessa segunda-feira (19/11), pela equipe econômica do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), como futuro presidente da Petrobras, defende que a petroleira mantenha o foco nas atividades para as quais tem competência, como exploração e produção de petróleo.

“A Petrobras desenvolve outras atividades que não são naturais e que não atraem retorno. A competência da Petrobras é na exploração e produção de petróleo. Temos de levar a companhia a acelerar a exploração do pré-sal”, disse ao Estado.

Ex-diretor do Banco Central e ex-diretor da Vale, Castello Branco, que também já fez parte do conselho de administração da estatal, disse que nos próximos dias vai se dedicar a estudar estratégias para a Petrobras.

Ele também defendeu a adoção de estratégias competitivas para evitar práticas de corrupção. “A corrupção tem oportunidade de se manifestar onde há monopólios, onde a escolha não é por mérito, nos centros das conexões políticas pelos favores. Para a Petrobras, a competição será um antídoto permanente contra esse tipo de coisa. A sociedade não tolera mais”, disse.

A privatização de ativos da companhia está em avaliação, mas vender a própria companhia, não. “Privatizar a Petrobras, neste momento, não está em discussão. Nem tenho nenhum mandato do presidente Bolsonaro para fazer isso.”

O economista é considerado um dos homens de confiança de Guedes. Castello Branco se posicionou totalmente contra a política de controle de preços dos combustíveis que foi adotada pela ex-presidente Dilma Rousseff. “Não se vê política (de preços) para carne e para o arroz, por exemplo. Porque isso simplesmente é o mercado”, disse ao Estado.

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