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PT diz esperar que prisão de Temer não seja sem provas, como a de Lula

Partido ainda apontou luta “encarniçada” entre Moro e a Lava Jato contra o STF, o Congresso e a PGR

atualizado

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WILSON PEDROSA/ FOTOS PÚBLICAS
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1 de 1 gleisi-hoffmann - Foto: WILSON PEDROSA/ FOTOS PÚBLICAS

O Partido dos Trabalhadores (PT) se posicionou sobre as prisões do ex-presidente Michel Temer e do ex-ministro Moreira Franco, por meio de nota divulgada nesta quinta-feira (21/3). No texto, o  comando nacional da sigla disse esperar que as detenções sejam baseadas “em fatos consistentes, respeitando o processo legal, e não apenas por especulações e delações sem provas, como ocorreu no processo do ex-presidente Lula [preso pela Lava Jato desde abril do ano passado] e em ações contra dirigentes do PT”.

O partido também lembrou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, episódio ao qual chamou de “golpe deplorável”.

O texto é assinado pela presidente nacional do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PR), e pelos líderes na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), e no Senado, senador Humberto Costa (PE). A legenda indica que há uma disputa do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e a própria operação Lava Jato contra Congresso, Supremo Tribunal Federal (STF) e cúpula da Procuradoria-Geral da República (PGR).

“O que fica evidente é que, cumpridos os objetivos do golpe do impeachment de 2016 e da proibição ilegal a Lula de concorrer as eleições de 2018, seus principais artífices estão sendo descartados pelos que realmente movimentaram os cordéis: o sistema financeiro, os representantes dos interesses estrangeiros no país, com o apoio da mídia conservadora. Isso vale para a própria Lava Jato e seu comandante, Sergio Moro, que travam hoje uma encarniçada luta pelo poder contra o Congresso, o Supremo Tribunal Federal e a cúpula da PGR”, diz trecho da nota.

Leia a íntegra do texto divulgado pelo PT:

O Partido dos Trabalhadores espera que as prisões de Michel Temer e de Moreira Franco, entre outros, tenham sido decretadas com base em fatos consistentes, respeitando o processo legal, e não apenas por especulações e delações sem provas, como ocorreu no processo do ex-presidente Lula e em ações contra dirigentes do PT.

Temer assumiu a presidência em um golpe deplorável. Sua agenda no governo levou ao aumento da desigualdade e da miséria, no entanto é somente dentro da lei que se poderá fazer a verdadeira Justiça e punir quem cometeu crimes contra a população. Caso contrário, estaremos diante de mais um dos espetáculos pirotécnicos que a Lava Jato pratica sistematicamente, com objetivos políticos e seletivos.

O que fica evidente é que, cumpridos os objetivos do golpe do impeachment de 2016 e da proibição ilegal a Lula de concorrer as eleições de 2018, seus principais artífices estão sendo descartados pelos que realmente movimentaram os cordéis: o sistema financeiro, os representantes dos interesses estrangeiros no país, com o apoio da mídia conservadora. Isso vale para a própria Lava Jato e seu comandante, Sergio Moro, que travam hoje uma encarniçada luta pelo poder contra o Congresso, o Supremo Tribunal Federal e a cúpula da PGR.

Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT
Humberto Costa, líder do PT no Senado
Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara”

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