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Onyx diz que entrada do Brasil na OCDE só dentro de 2 ou 3 anos

O ministro-chefe da Casa Civil afirmou que o governo já esperava a não indicação e que imprensa criou “falsa polêmica”

atualizado

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Onyx
1 de 1 Onyx - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse nesta sexta-feira (11/09/2019) que o Brasil só deverá estar pronto para acessar o grupo da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em dois ou três anos.

Em entrevista à Rádio Gaúcha, o ministro explicou que existem cerca de 63 exigências, dentro de um conjunto de 253 diretivas da organização, que o Brasil está trabalhando para implementar, antes de pleitear ser membro pleno da organização internacional, a qual reúne 36 das principais economia do mundo. Segundo o ministro, o país já está certificado em 82 diretrizes.

“O Brasil está se esforçando e tomou uma decisão. O presidente Bolsonaro deu um comando e nós estamos trabalhamos para mudar a nossa gestão pública, para qualificar a regulação brasileira, para dar mais transparência à gestão pública, para digitalizar completamente a prestação de serviços públicos em nosso país, além de outras questões para que possamos no espaço de dois ou três anos, estarmos aí, ou membro pleno da OCDE, ou estarmos já em fase final do processo de ascensão”, disse o ministro.

“Muito brevemente, dentro de um ano, o Brasil vai ter vencido mais da metade das diretivas com acreditação da OCDE”, projetou o ministro

A fala de Onyx contraria o discurso apresentado pelo ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, em São Paulo, minutos antes da divulgação da notícia de não indicação do Brasil, por parte dos Estados Unidos. Araújo enfatizou que o país estava pronto para ingressar na organização.

“Estamos vivendo uma extraordinária abertura econômica. Estamos prontos para integrar a OCDE. Nós e o setor privado acreditamos que isso será chave para o desenvolvimento do Brasil”, disse o ministro ao participar do Fórum de Investidores 2019, em São Paulo.

“Fila”
Mesmo assim, Onyx informou que o governo não contava com a indic para este ano a indicação. “O Brasil esperava exatamente o que aconteceu. O fato de o presidente Trump [Donald Trump] ter dito ao presidente Bolsonaro que iria auxiliar e apoiar o Brasil, não significa que os Estados Unidos iam furar a fila da OCDE. Porque há uma fila na OCDE dos países que querem acessar esta posição”, disse o ministro.

“O Brasil pediu apoio aos Estados Unidos, mas nunca pediu para furar a fila. Há um processo que precisa ser respeitado”, insistiu.

“A Argentina, com a decisão que vai tomar ainda neste mês, poderá seguir ou poderá desistir dessa [candidatura]. É uma decisão argentina”, disse o ministro, referindo-se às eleições no país vizinho.

Na Argentina, a candidatura de Alberto Fernández, adversário de Mauricio Macri, caminha para a vitória em primeiro turno. Diante desse cenário, na avaliação do ministro, o novo governo, que tem a ex-presidente Cristina Kirchner como vice, pode não querer cumprir a cartilha exigida pela organização.

O ministro ainda argumentou que os países investidores integrantes da organização têm alto interesse no Brasil, porque o país tem “a maior carteira de concessões, desestatizações e privatizações do mundo”.

“Falsa polêmica”
Onyx culpou a imprensa pelo que chamou de “falsa polêmica” em torno da não indicação. “Isso foi uma falsa polêmica criada ontem por um órgão da imprensa, que também é um órgão internacional, que resolveu requentar um ofício que é de agosto deste ano. Ontem ainda, em São Paulo, eu estive com secretário adjunto da OCDE, tratando exatamente desse processo que o Brasil vem fazendo de construir a possibilidade de ser um membro futuro da OCDE.”

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