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Moro: envolver nome de Bolsonaro no caso Marielle “é disparate”

O ministro da Justiça defendeu a federalização do inquérito que apura a morte da vereadora e do motorista dela, Anderson Gomes

atualizado

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Andre Borges/Especial para o Metrópoles
Sergio Moro
1 de 1 Sergio Moro - Foto: Andre Borges/Especial para o Metrópoles

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, classificou como “disparate” o envolvimento do nome do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na investigação que apura a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Em entrevista à CBN, o chefe da pasta disse ver indícios de fraude no inquérito.

“Vendo esse novo episódio, em que se busca politizar a investigação indevidamente, a minha avaliação é que o melhor caminho para que possamos ter uma investigação exitosa é a federalização”, defendeu o ministro.

Moro lembrou que, no passado, foi implantada uma testemunha falsa no processo para desviar o curso das investigações.

A família de Marielle, no entanto, já se mostrou anteriormente contrária à federalização do caso. Em carta enviada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), parentes da vereadora consideraram como “retrocesso lamentável”.

Segunda instância
Questionado sobre as votações no Congresso sobre prisão em segunda instância – em discussão nas Comissões de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e do Senado –, o ministro afirmou que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) deve ser respeitada. Mas isso não impede que o Congresso altere essa norma.

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