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Marina: legalizar porte de armas não resolve problema da violência

“O Estado não pode transferir para a população a responsabilidade de se defender”, afirmou a presidenciável em sabatina

atualizado

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Marina Silva
1 de 1 Marina Silva - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A candidata da Rede ao Planalto, Marina Silva, posicionou-se contra a liberação do porte de armas no Brasil, uma das principais bandeiras do seu principal adversário nas pesquisas, Jair Bolsonaro (PSL). “Não se vai resolver o problema (da segurança) distribuindo armas para a população. Ser presidente da República e dizer que a população se apegue à própria sorte e compre uma arma para se defender, então para que serve o presidente? O Estado não pode transferir para a população a responsabilidade de se defender”, argumentou.

A presidenciável participou de uma sabatina promovida pelo Estadão e a Faap, nesta terça-feira (28/8), em São Paulo. Na ocasião, a candidata também se manifestou contrária à liberação das drogas, mas reconheceu a importância de se discutir o tema.

A candidata também aproveitou para fazer duras críticas ao governo de Michel Temer por causa da intervenção no Rio de Janeiro. Segundo Marina, esta foi uma “decisão extrema porque o governo se declarou incompetente para gerir a segurança. E a população não pode ser entregue a sua própria sorte”.

Para o setor, Marina defendeu que, se eleita, vai dialogar com o Rio para adotar as melhores medidas. “A segurança pública precisa ser enfrentada de uma maneira geral”, disse. Defendeu também a implementação de um sistema único de segurança e melhor formação e remuneração aos policiais.

Questionada sobre como solucionar o dilema da segurança nas regiões Nordeste e Norte, que têm amargurado elevados índices de homicídio, Marina ponderou que o sistema único levará em consideração as especificidades de cada região.

“Norte e Nordeste estão vivendo problemas de segurança que antes somente existiam em grandes metrópoles. Organizações criminosas foram exportadas para Estados muito frágeis. No Norte, é preciso ter um olhar para as fronteiras”, disse, destacando o papel das Polícias Federal e Rodoviária nesta última tarefa.

Marina é a terceira candidata a participar da sabatina do Estado de S.Paulo nas eleições presidenciais 2018, feita em parceria com a Fundação Armando Alvares Penteado (Faap). A série de encontros Estadão-Faap Sabatinas com os Presidenciáveis ocorre na sede da fundação, em São Paulo, entre os dias 27 de agosto e 6 de setembro, e foi iniciada com um encontro com Alvaro Dias, do Podemos, e contou também com João Amoêdo (Novo).

Além deles, estão confirmadas as presenças de Ciro Gomes (PDT), Henrique Meirelles (MDB) e Geraldo Alckmin (PSDB). O candidato Jair Bolsonaro (PSL) declinou do convite e a participação de Fernando Haddad, vice na chapa do ex-presidente Lula, foi suspensa até que a situação do registro do PT na Justiça esteja resolvido.

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